A Vale está evoluindo com seu plano de estabilização e entregou uma forte produção de minério de ferro no 3T20. Os negócios de Níquel e Cobre conseguiram recuperar a produtividade para um início robusto no 4T20, após normalizar a rotina de manutenção no trimestre. Os resultados foram possibilitados pelo comprometimento da força de trabalho com os padrões de segurança da empresa e com rígida disciplina operacional, seguindo a implantação contínua do Sistema de Produção Vale (VPS).
A produção de finos de minério de ferro da Vale totalizou 88,7 Mt, um aumento de 21,1 Mt em relação ao trimestre anterior. O recorde de produção de 56,9 Mt em um trimestre foi alcançado no Sistema Norte, com agosto como o melhor mês, com 19,7 Mt. O S11D teve uma produção recorde em setembro, com 8,3 Mt, e no trimestre, com 24,4 Mt.
O desempenho geral dos Sistemas Sul e Sudeste melhorou em todas as unidades operacionais, notadamente no Complexo de Itabira e na mina de Timbopeba (operando por um trimestre inteiro, devido à retomada em junho), e com a retomada das operações na mina de Fazendão em julho.
A produção de minério de ferro foi mantida em torno de 1 Mtpd após meados de julho, apresentando consistência e estabilidade ao longo de quase todo o trimestre. As operações têm alcançado maiores taxas e estabilidade com segurança, a partir da implantação progressiva do VPS e de medidas como a Permissão de Trabalho Seguro (PTS), essenciais para transformar a cultura da Vale em uma cultura voltada para a segurança e a excelência operacional. Todas as operações também foram favorecidas pelas condições climáticas regulares para o período.
A produção de pelotas da Vale totalizou 8,6 Mt no 3T20, um aumento de 21,1%, principalmente devido à maior disponibilidade de pellet feed, em especial do Complexo de Itabira, e ao melhor desempenho operacional das usinas de pelotização.
O volume de vendas de finos de minério de ferro e pelotas, com prêmio de US$ 4.6/t , atingiu 74,2 Mt no 3T20, um aumento de 20,4%. O lead time de logística entre produção e vendas CFR começou a se normalizar em setembro, com estoques ainda em trânsito na cadeia de suprimentos, com vendas totais de 28,6 Mt, e o desempenho deve melhorar ainda mais no 4T20, sujeito à abordagem da Vale sobre a maximização de margem, que prioriza produtos blendados em seu portfólio.
A produção de níquel acabado foi de 47,1 kt no 3T20, enquanto o volume de vendas atingiu 58,2 kt, um aumento de 37,3%, em função dos melhores preços no trimestre e condições de mercado mais estáveis. A produção no 3T20 foi influenciada principalmente por (a) trabalhos de manutenção remarcados de 1T20 e 2T20 para 3T20 nas operações do Atlântico Norte, o que abrirá caminho para taxas de produção mais elevadas a partir do quarto trimestre, (b) uma rota mais longa para o mercado associada à gestão do portfólio de produtos de PTVI e (c) um aumento temporário na produção de minério de origem de VNC no 2T20, uma vez que todo o estoque de óxido de níquel remanescente foi processado naquele trimestre.
A produção de cobre atingiu 87,6 kt no 3T20, superior ao trimestre anterior, principalmente devido à retomada bem-sucedida das operações de Voisey's Bay, após o período de care and maintenance no 2T20, e ao desempenho mais forte nas operações do Atlântico Sul. As operações do Atlântico Sul deverão ter um desempenho mais forte no 4T20, com a redução dos impactos relacionados ao COVID-19 nas operações e nas rotinas de manutenção.
A produção de carvão foi reiniciada em julho, após desacelerar a partir de abril e parar temporariamente em junho, devido à forte restrição na demanda. A produção no 3T20 atingiu 1,4 Mt e, conforme o fluxo de bens, serviços e pessoas começa a se normalizar na região, a Vale mobiliza equipes para retomar o plano de manutenção de três meses em novembro de 2020, após o qual espera-se o ramp up de produção em run-rate de até 15 Mtpa.