Premiação reflete presença da inovação como alavanca estratégica para ampliar segurança, eficiência e sustentabilidade
A Vale conquistou, pela sexta vez seguida, o primeiro lugar no Prêmio Valor Inovação, na categoria Mineração, Metalurgia e Siderurgia, consolidando-se como referência em inovação no setor. O resultado foi anunciado em cerimônia realizada no dia 19 de agosto, em São Paulo. A mineradora ficou em 12o no ranking geral, que avaliou um total de 150 empresas.
De acordo com Rafael Bittar, vice-presidente executivo Técnico da Vale, o reconhecimento reflete o investimento crescente da empresa em pesquisa e desenvolvimento e o olhar estratégico que tem permitido implantar soluções inovadoras em toda a cadeia de negócio, moldando a mineração do futuro.
"Com inteligência artificial, automação e iniciativas inovadoras voltadas para a descarbonização do setor, hoje temos uma empresa cada vez mais segura, eficiente e sustentável. Tudo isso é possível porque, na Vale, a inovação é uma alavanca estratégica que permeia todas as áreas e tem transformado nosso negócio, aumentando a competitividade e o compartilhamento de valor com a sociedade", afirma Bittar.
Desde 2020, os recursos financeiros destinados a pesquisa e desenvolvimento têm crescido ano a ano. Em 2023, o valor foi de U$ 723 milhões e, no ano passado, chegou a US$ 790 milhões. Esses recursos são aplicados tanto na melhoria contínua das operações, quanto na preparação da Vale para os desafios futuros, com uso intensivo em tecnologia e inovação.
Ecossistema e conexões voltadas para inovação
A Vale conta com cerca de 800 profissionais dedicados às áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Para fortalecer a integração da estratégia de inovação em todas as operações, há 12 hubs que promovem a busca de soluções inovadoras com participação ativa dos empregados e lideranças, incentivando o desenvolvimento de talentos e fortalecendo a mentalidade inovadora e de empreendedorismo.
A empresa tem 365 projetos ativos em seu portfólio e seis centros de pesquisa próprios. Os centros são responsáveis por desenvolver tecnologias e soluções sustentáveis para a mineração, mas também produzem pesquisas com foco na preservação da biodiversidade brasileira e nas mudanças climáticas.
A conexão com o ecossistema externo também tem sido uma frente de atuação da mineradora, que já atuou em colaboração com mais de 70 startups nos últimos cinco anos e segue avançando neste modelo. Em 2022, criou a Vale Ventures, iniciativa de corporate venture capital que comprometeu US$ 100 milhões em capital para investimentos em startups de tecnologia pioneiras que tragam soluções sustentáveis para a mineração. Nos últimos 15 anos articulamos parcerias de PD&I com mais de 250 parceiros externos em universidades, institutos de pesquisa e órgãos de fomento.
Inteligência artificial como aliada da segurança e da produtividade
Desde 2017 a Vale já desenvolveu mais de 45 produtos e implantamos cerca de 1.500 modelos de inteligência artificial em 70 projetos. O uso de IA aumenta produtividade e segurança e melhora a tomada de decisão em tempo real por meio da integração da cadeia de produção e logística, suportando também a jornada de descarbonização.
Um dos projetos de maior impacto é aplicado na Estrada de Ferro Carajás (EFC) na prevenção de fraturas nos trilhos, ocorrência crítica para o funcionamento da operação. A partir dos dados gerados pelas ferrovias, a empresa aplica uma solução que identifica se há uma ou mais fraturas em um determinado trecho, aumentando a segurança operacional.
Outro exemplo concreto é a Sentinela, solução que usa IA para garantir que os embarques de minério respeitem o limite de umidade (Transportable Moisture Limit - TML). Por meio dela é possível prever a umidade e o TML em cada porão dos navios com 97% de acurácia antes de o embarque acontecer, usando variáveis como histórico climático e composição química dos lotes. Com a IA, é possível evitar a perda por parada para esperar resultados laboratoriais — um impacto direto na receita e na eficiência da companhia.
Soluções inovadoras em mineração circular
Uma das inovações mais relevantes da Vale nos últimos anos é o Programa de Mineração Circular, Waste to Value, que tem como propósito transformar a lógica tradicional da mineração ao integrar os princípios de circularidade na cadeia produtiva de minério de ferro, tornando a operação da Vale mais eficiente, sustentável, contribuindo de forma efetiva para a redução de impactos e o aumento da longevidade das operações. Ao empregar soluções como beneficiamento otimizado, processamento a seco e técnicas de blendagem, é possível recuperar resíduos que antes seriam descartados, reduzindo a geração de estéril e rejeito, além de colaborar, diretamente, na redução significativa da pegada ambiental das operações.
Em 2024, foram entregues 12,7 milhões de toneladas de minério de ferro provenientes de fontes circulares, o que representou 4% da produção total da companhia no ano. A produção de coprodutos, como a areia sustentável, somou 1,4 milhão de toneladas. O programa possui mais de 150 iniciativas mapeadas e tem o potencial de atingir, até 2030, 10% da produção total de minério de ferro a partir de fontes circulares, além de reduzir a geração de estéril e rejeito em ferrosos.
Com o intuito de promover o desenvolvimento de soluções inovadoras de economia circular na mineração e impacto multissetorial, Vale e Universidade Federal de Minas Gerais firmaram, este ano, uma parceria estratégica para a criação do Colab de Mineração Circular. O objetivo é criar um ambiente de fomento à inovação e de novos negócios de base tecnológica com foco em identificação, incubação e aceleração de soluções que promovam o reaproveitamento de rejeitos, estéreis e demais resíduos das operações de mineração.