O laboratório químico da Mina do Sossego (PA) encontrou uma solução inovadora para reaproveitar os 3,09 litros de água produzidos diariamente pelos aparelhos locais. Criou uma rede de captação, que recolhe o líquido dos drenos em torno do prédio e o leva para um reservatório ao lado da Estação de Neutralização de Efluentes (ENE).
Com um custo inferior a R$ 5 mil reais, a ideia já rendeu bons frutos: evitou o desperdício de mais de 12 mil litros de água por dia, aproximadamente 36 mil litros por mês. Sem contar com o ganho na qualidade das análises, já que a água vinda do ar condicionado tem boa pureza, por ser captada direto da atmosfera durante o processo de troca de calor. O custo de realização do projeto foi de menos de R$ 5 mil reais.
A mina e a usina de S11D proporcionam uma economia de 93% no consumo de água e 77% no uso de combustível, reduzindo em 50% a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), quando comparado aos métodos convencionais de lavra e produção.
Na mina do S11D, foi criada uma rota de processamento que diminui em 93% o consumo de água, o equivalente ao abastecimento de uma cidade com 400 mil habitantes. Já utilizado em algumas plantas de Carajás, o beneficiamento à umidade natural – ou a seco, como também é conhecido – vai diminuir o consumo mensal de água para 110 mil metros cúbicos contra os quase 1,7 milhão de metros cúbicos de uma planta a úmido. A tecnologia também impede a construção de barragens de rejeitos, demandando maior disciplina na operação dos sistemas de controle ambiental.
Nas localidades de Colatina, Governador Valadares, Nova Era e Santa Bárbara foram instaladas recentemente Estações de Tratamento de Efluentes Sanitários Compactas (ETEs). As estruturas devem reduzir o custo da empresa com o tratamento de resíduos e reduzir consideravelmente o uso da água potável.
As localidades também contam com sistemas de irrigação automatizada, que utilizam a água proveniente das ETE’s. Os resultados foram positivos: 95% de eficácia no tratamento deste resíduo e, consequentemente, a substituição dos antigos caminhões pipas que realizavam esse trabalho.
A Vale também adotou outras medidas para a redução e reutilização da água em suas operações, como o sistema implantado no processo de produção de ferroníquel na operação de Onça Puma, que foi todo elaborado para evitar a retirada de grande volume de água do meio ambiente.