A Samarco recebeu, nesta sexta-feira (19), o prefeito de Anchieta, Fabrício Petri, no Complexo de Germano, em Mariana, para conhecer as iniciativas da empresa no reforço de estruturas, o monitoramento e as obras para retomada das operações. A empresa pretende retomar as atividades com mais segurança, sem barragens de rejeitos e com um sistema de disposição e tratamento de rejeitos, que inclui a Cava Alegria Sul e a filtragem para empilhamento a seco. A retomada será gradual, inicialmente com 26% da capacidade produtiva.
O prefeito Fabrício Petri e secretários municipais foram recebidos pelo gerente geral do Complexo de Germano, Juarez Morais, e pelo gerente de Gestão Patrimonial e Infraestrutura, Carlos Amorim. Antes de ir à Germano, o prefeito reuniu-se ontem (18) com o diretor-presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, em Belo Horizonte.
Na unidade em Mariana, Petri conheceu o Centro de Monitoramento Integrado (CMI), as estruturas de barragens e a Cava Alegria Sul, espaço confinado que está em obras para receber os rejeitos gerados na extração de minério, quando a empresa estiver operando. A primeira etapa de obras foi concluída em maio. A segunda etapa está em andamento e corresponde à montagem eletromecânica do sistema de bombeamento de lama, rejeito e água.
“Pudemos perceber que a Samarco quer voltar, mas quer também demonstrar segurança em relação à sua operação. Nós, em Anchieta, estamos torcendo e nos empenhando também por esse retorno. Sabemos da importância da empresa para Minas Gerais, para o Espírito Santo e, principalmente, para Anchieta e região”, afirmou o prefeito.
A cava é uma estrutura resultante do processo de lavra. Seu uso evita o impacto ambiental em outro espaço e amplia a segurança na disposição de rejeitos. Com a implantação das novas tecnologias, a cava receberá a lama, que representa cerca de 20% do total dos rejeitos gerados. A maior parte, que corresponde aos arenosos e representa 80% do total gerado, será filtrada e empilhada a seco.
Em paralelo às obras de preparação para a retomada, o Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) está em andamento na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Na retomada gradual, a proposta da Samarco é reiniciar as atividades com o uso de apenas um dos três concentradores, na unidade de Germano. Na planta do complexo industrial de Ubu (ES), será utilizada a quarta usina de pelotização, por ser a de maior eficiência operacional.
Monitoramento
O prefeito conheceu também o sistema integrado de monitoramento das estruturas geotécnicas da Samarco, em Minas e no Espírito Santo, fortalecido a partir do rompimento da barragem de Fundão, e que segue as normas brasileiras e internacionais de segurança. Integrando o sistema, o Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI) possui mais de 600 equipamentos de última geração, tais como estação robótica e meteorológica, radares de precisão milimétrica e drones. Monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana, as estruturas geotécnicas da empresa permanecem estáveis, possuem Declaração de Condição de Estabilidade e são acompanhadas também por auditorias independentes.