Mais de 700 pessoas participaram de iniciativas de capacitação e apoio a empreendedores em Linhares (ES)
Cursos de qualificação, assessorias técnicas, consultoria, intercâmbio de experiências e eventos estão entre as principais ações realizadas na região da foz do rio Doce pelo Programa de Economia e Inovação da Fundação Renova. O objetivo é diversificar e retomar a economia local nas comunidades de Linhares, Regência e Povoação, impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão.
Até o momento, foram investidos cerca de R$ 4 milhões nas iniciativas na foz, que atenderam a mais de 700 pessoas, entre moradores e empreendedores das áreas de artesanato, pesca, donos de restaurantes, pousadas, camping e espaço de eventos - contribuindo, também, para o fortalecimento da atividade turística da região.
Esse é o caso dos grupos de artesãos da foz, que têm recebido acompanhamento técnico e cursos de capacitação para aprimorar a produção. Também foram oferecidas oficinas sobre design, criatividade, identidade, processos, embalagens, gestão de preços e vendas, entre outros. Atualmente, 21 artesãos estão recebendo consultoria individualizada.
“Os artesãos têm a possibilidade de alcançar outros mercados, o que demanda design e melhoria na produção, pois as exigências são bem maiores. Nosso objetivo é trabalhar com cada artesão, potencializando suas habilidades e a produção”, explica a consultora Christine Reuter, que conduz os trabalhos.
Expedição de conhecimento
Outra importante iniciativa realizada na região é voltada à área de turismo. Em maio deste ano, 18 empreendedores e representantes das comunidades — comerciantes, pescadores e artesãos - visitaram o Piauí e o Maranhão, destinos escolhidos por sua proximidade tanto do mar quanto do rio e potencialidades de fomento ao turismo. Depois da experiência, eles começaram a elaborar um projeto para ser implementado na foz.
“O apoio a esses grupos é fundamental para o processo de retomada dos negócios impactados e criação de novas oportunidades, gerando renda e movimentando e economia local”, destaca Kadio Serge Aristide, analista de Programas Socioeconômicos da Fundação Renova.
Rodrigo Bezerra, proprietário de uma pousada em Regência, participou da expedição e destaca que a viagem o ajudou a ver que é possível dar a volta por cima e melhorar a atividade turística na foz do rio Doce. “Foi muito importante para despertar em nós a motivação para transformar nossas potencialidades em atrativos turísticos. Vimos que é possível integrar as comunidades para criar uma rota e ainda desenvolver mais atividades no rio Doce. Estamos nos reunindo periodicamente e pretendemos fechar neste mês (setembro) um projeto com novas iniciativas para incentivar o turismo”, ressalta.