Produtores rurais do interior do Espírito Santo movimentam-se para que não falte água nas lavouras. Pelo “Programa de Reservação de Água, Barragens e Caixas Secas”, em 2017, foram R$ 7 milhões aprovados pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), em 132 projetos em todo o Estado para construção de barragens, caixas secas e demais formas de reservação de água nas suas propriedades.
Comparativamente, o valor é 260% superior ao de 2016, quando foram aprovados 75 projetos, movimentando R$ 3 milhões em investimentos desse tipo. O diretor-presidente do Bandes, Aroldo Natal, destaca que essas intervenções têm grande impacto para o homem do campo. “O Programa apoia a construção de barragens menores para atender os produtores, ao mesmo passo que não afetam a preservação dos rios, pois acabam fazendo mantenham seus fluxos”, explicou Natal.
O Programa, lançado pelo Bandes em 2012 envolve outras áreas do Governo que contribuem para a assistência técnica e licenciamento para as construções. Nesse período, já movimentou R$ 11,4 milhões em recursos destinados a 236 projetos. A meta trabalhada pelo Bandes é apoiar a construção de 2 mil barragens e caixas secas em todo o Espírito Santo e atenuar as consequências crise hídrica que o Estado vem enfrentando desde 2013.
“Não se trata apenas de uma modalidade de acesso ao crédito, é necessário também dispor de informações para os produtores, desde as mais simples, como o volume de água utilizado para se produzir, até as mais complexas, como os limites hídricos de determinada propriedade. Com o conhecimento técnico, aliado ao recurso financeiro, poderemos ter uma gestão de recursos hídricos de excelência no Espírito Santo”, complementa Natal.
Enquanto as barragens retêm parte da água do rio, as caixas secas são reservatórios construídos, em geral, às margens de estradas para captar e acumular a água das chuvas.
Prevenção
As barragens são reservatórios artificiais que ajudam a retenção de água em períodos de chuvas e a conter cheias em córregos e rios onde estão instaladas, evitando inundações que, muitas vezes, causam estragos em cidades, bairros ou outras localidades. As barragens também alimentam os rios, pois no período de seca, a mesma água contida nas cheias é liberada para manter os cursos hídricos perenes, evitando que eles sequem.
O Programa é fruto de um acordo firmado com o Governo do Estado do Espírito Santo, por intermédio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (INCAPER) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF).