Em sua quinta edição, prêmio será concedido a pesquisadores pelo conjunto da obra, e não mais se limitará a teses e dissertações
A Vale e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, realizam amanhã (13/12), a partir das 17h, em Brasília, a cerimônia de entrega do Prêmio Vale-Capes de Tecnologia e Inovação. Lançado em 2012 durante a conferência Rio+20, o Vale-Capes chega a sua quinta edição de cara nova, com duas categorias de premiação - Pesquisador Emérito e Jovem Pesquisador - ao invés de quatro temas, com oito ganhadores, como nos anos anteriores. Na categoria Pesquisador Emérito, o escolhido foi o professor Jorge Rubio Rojas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Lucas William Mendes, da Universidade de São Paulo (USP), foi selecionado na categoria Jovem Pesquisador.
Para a escolha dos ganhadores, não foram avaliadas teses e dissertações, mas o conjunto da obra publicada, como artigos científicos; livros ou capítulos em livros; orientações em cursos de pós-graduação; participação em academias nacionais e internacionais; prêmios; e registros de patentes.
O nome do prêmio também mudou, de Vale-Capes Ciência e Sustentabilidade para Vale-Capes Tecnologia e Inovação. Este ano a organização do prêmio escolheu o tema Ecologia e Conservação da Natureza, incluindo tecnologias socioambientais.
"A ideia principal que nos orientou para a mudança foi a simplificação dos processos de escolha dos premiados, pois antes tínhamos oito ganhadores nos quatro temas. Eram quatro dissertações de Mestrado e quatro teses de Doutorado, além das menções honrosas. Além disso, a Capes já tem o Prêmio de Teses que é muito parecido com a antiga versão do Vale-Capes", explica Sandoval Carneiro, especialista em Parcerias na Vale e diretor-executivo do Instituto Tecnológico Vale. "Com relação à troca do nome, nosso objetivo foi chamar a atenção para a importância da inovação para o Brasil, que está bem posicionado em termos de artigos científicos publicados, mas ainda muito defasado nos indicadores de inovação", completa.
No caso da categoria Pesquisador Emérito, foi premiado aquele que contribuiu, por mais de 10 anos, com pesquisas na área de Ecologia e Conservação da Natureza. Para o Jovem Pesquisador, o prêmio foi concedido ao profissional, de até 35 anos de idade, que contribuiu para um produto ou processo inovador, também na mesma área de pesquisa.
Os critérios de escolha do Vale-Capes são originalidade do trabalho e sua relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e da inovação. O ganhador na categoria Pesquisador Emérito receberá um auxílio de R$ 100 mil, concedido pela Vale, e poderá escolher entre uma bolsa na modalidade de Doutor Sênior, ou uma bolsa mensal equivalente ao Estágio Sênior, no exterior, no valor de 2.100 (dólares ou euros). Já o Jovem Pesquisador ganhará da Vale um auxílio de R$ 40 mil e uma bolsa de Doutor Pleno. As bolsas nos dois casos serão concedidas pela Capes.
Segundo Sandoval, além de ser um incentivo para jovens pesquisadores, o Vale-Capes pode trazer informações úteis que "não estavam no radar" da empresa. "O novo formato permitiu a concessão de uma premiação elevada, propiciando maior destaque para os dois prêmios, demonstrando ainda que a empresa valoriza a pesquisa e, sobretudo, a inovação", conclui.