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Publicado: 24/05/2018 08:21h

A inquietude das esculturas de Angelo Venosa celebra os 20 anos do Museu Vale

A inquietude das esculturas de Angelo Venosa celebra os 20 anos do Museu Vale

Ousadas angulações, sólidos retorcidos e infinitas combinações que transitam do orgânico ao espetacular compõem o grupo de esculturas da mostra que tem curadoria de Vanda Klabin

Novos horizontes de investigação e pesquisas estéticas do escultor Angelo Venosa serão exibidos ao público pela primeira vez, a partir de 23 de maio no Museu Vale, Vila Velha - ES. Na exposição, que comemora os 20 anos da instituição, o artista apresentará esculturas incorporadas às próprias sombras, conferindo um instigante universo poético ao espaço. Algumas obras foram criadas especialmente para a mostra.

Madeira, alumínio, acrílico, parafina, vidro, aço, ossos são alguns dos materiais que compõem as esculturas de Venosa e a singularidade de seu fazer artístico, desenvolvido a partir de sua experiência vinda de trabalhos artesanais (herdou do pai o conhecimento do trato com a madeira, o design). De natureza expansiva, desenvolveu atalhos históricos e tornou-se um dos maiores expoentes do cenário cultural contemporâneo. Sintonizado com novas tecnologias, passou a trabalhar também com impressões em 3D, imprimindo às suas esculturas infinitas possibilidades combinatórias.

- Inquietas e interrogativas, as obras de Angelo Venosa problematizam a visão do espectador - diz Vanda Klabin. E revela que o artista irá explorar no Museu Vale a equivalência entre as áreas cheias e vazias, através da projeção de sombras nas superfícies arquitetônicas da instituição. - Na medida em que esses trabalhos são desenvolvidos, as formas emergem e adquirem uma plasticidade inesperada. Toda uma noção de movimento se faz presente nessas sombras movediças, onde brotam as formas mais variadas e ambíguas e essas zonas de indeterminação adquirem uma presença plástica que se constrói e se experimenta no próprio espaço - conclui a curadora. 

- A mostra de Angelo Venosa nas comemorações dos 20 anos do Museu Vale reitera o compromisso da instituição de promover a arte e a cultura como fenômeno de transformação e de formação dos jovens, diz Ronaldo Barbosa, diretor do Museu. Para Ronaldo, Venosa é um artista que caminha em paralelo com o seu tempo, sempre dedicado ao experimento de novos materiais, tecnologias e seus desdobramentos no seu processo criativo. - No Museu Vale, diz, o escultor irá surpreender ao exibir uma nova possibilidade de se perceber os seus trabalhos.

Após o período de exposição no Museu Vale, de 24 de maio a 09 de setembro, um "recorte" da mostra Penumbra segue para o Memorial Minas Gerais Vale, em Belo Horizonte, ficando em exposição de 29 de setembro a 25 de novembro de 2018, como parte do Programa de Itinerância Cultural, uma iniciativa da Fundação Vale com patrocínio da Vale. O programa, que tem amplitude nacional, por meio de uma ação integrada prevê a troca de conteúdo artístico e cultural entre os quatro espaços culturais patrocinados pela Vale, localizados em quatro das cinco regiões brasileiras, além de ações de valorização da identidade cultural em munícipios pelo interior do país.

O artista

Angelo Venosa (São Paulo, 1954. Vive e trabalha no Rio de Janeiro) surgiu na cena artística brasileira na década de 1980, tornando-se um dos expoentes dessa geração. Desde esse período, Venosa lançou as bases de uma trajetória que se consolidou no circuito nacional e internacional, incluindo passagens pela Bienal de Veneza (1993), Bienal de São Paulo (1987) e Bienal do Mercosul (2005).

Hoje, o artista tem esculturas públicas instaladas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Jardim do Ibirapuera); na Pinacoteca de São Paulo (Jardim da Luz); na praia de Copacabana/ Leme, no Rio de Janeiro; em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul e no Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba. Possui trabalhos em importantes coleções brasileiras e estrangeiras, além de um livro panorâmico da obra, publicado pela Cosac Naify, em 2008.

O Museu Vale

Desde a sua inauguração, em outubro de 1998, o Museu Vale se tornou um dos principais polos de arte contemporânea e de formação cultural do Espírito Santo e do país. Instalado na Antiga Estação Ferroviária Pedro Nolasco, às margens da baía de Vitória, em uma área tipicamente industrial e portuária no município de Vila Velha, o Museu Vale preserva também a memória da construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas.

Gerido pela Fundação Vale, cujo objetivo é contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde a Vale opera, a atuação do Museu Vale se faz sempre por meio do diálogo e interação permanentes com as comunidades, integrando os moradores nas atividades culturais e programas planejados.

Ao longo de 20 anos, o Museu se tornou um centro de referência em exposições, intercâmbio, reflexão sobre a arte contemporânea e de sensibilização de novos públicos, um espaço dedicado a exposições de artistas consagrados e jovens talentos em ascensão, que sediou 46 exposições de arte contemporânea de 194 artistas.

Mais de 1,7 milhão de pessoas já visitaram o Museu Vale durante esses 20 anos, sendo quase 500 mil estudantes levados por suas escolas para participar do projeto educativo do museu. Em 2005 foi criado o Programa Aprendiz, que beneficia jovens das comunidades carentes do seu entorno, capacitando-os em funções relacionadas a montagem de exposições, bem como aproveitando sua mão de obra durante a montagem das mostras que realiza anualmente. Até o momento 120 jovens foram beneficiados através desse projeto.

Em seu espaço, o Museu Vale abriga ainda um Centro de Memória da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), com cerca de 22 mil itens catalogados, entre filmes, fotos e textos históricos sobre a linha férrea da Vale. Além disso, seu acervo de arte contemporânea, com livros, catálogos, revistas, folders de artistas e exposições nacionais e internacionais, está disponível para consulta de estudantes, pesquisadores acadêmicos e público interessado.

O Museu Vale também detém o Certificado de Excelência do site TripAdvisor pela qualidade do serviço prestado no âmbito cultural. O certificado é baseado nas avaliações positivas dos usuários sobre a qualidade e a hospitalidade de diversos serviços e destinos turísticos ao redor do mundo.

Memorial Vale

O Memorial Minas Gerais Vale, inaugurado em 2010, já se consolidou como um dos grandes atrativos de Belo Horizonte. Apresenta a história, a cultura e as tradições de Minas em espaços interativos e surpreendentes. Foi desenvolvido a partir do conceito de "museu de experiência", com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, proporcionando interação com o conteúdo. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial Minas Gerais Vale é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira. Além dos 31 ambientes com acervo permanente e convivência, oferece programação cultural gratuita, diversificada e de alta qualidade durante o ano inteiro. São espetáculos de música, popular e erudita, leituras dramáticas, saraus, oficinas, lançamentos de livros, atrações infantis, oficinas, exposições, exibições de filmes, palestras e eventos acadêmicos, entre outros.

Angelo Venosa
Exposição e Lançamento do catálogo
Abertura: 23 de maio de 2018
Período: de 23 de maio a 9 de setembro 

Museu Vale
Antiga Estação Pedro Nolasco, s/n
Argolas - Vila Velha, Espírito Santo
Informações: (27) 3333-2484 

Produção: Tisara


Fonte: Assessoria de Imprensa Vale
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