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Publicado: 24/08/2025 13:36h

Artigo - Samarco 48 anos: uma história de inovação, desafios e transformação

Artigo - Samarco 48 anos: uma história de inovação, desafios e transformação

Por Rodrigo Vilela, presidente da Samarco

Hoje a Samarco celebra 48 anos de existência. Para compreender nossa trajetória até aqui, é importante revisitar nossas origens e a história de seus fundadores.

A Samarco foi constituída em 1973, como um projeto de US$ 272 milhões – por muito tempo conhecido simplesmente como “projeto Samarco” devido ao seu caráter inovador.

Desde sua criação, a empresa sempre foi controlada por dois sócios. O nome “Samarco” resulta da junção das iniciais de seus fundadores: o “Sam”, de Samitri (S.A. Mineração Trindade), e o “marco”, de Marcona Mining Company, empresa americana. Curiosamente, o primeiro nome pensado para a junção entre Samitri e Marcona foi “Samona”, mas logo evoluiu para “Samarco”, denominação que se consolidou. Mas afinal, quem eram Samitri e Marcona?

A Samitri detinha os direitos sobre o Complexo Alegria, rico em minério de ferro de baixo teor – até então considerado sem interesse econômico. Já a Marcona possuía vasta experiência em concentração e pelotização e desenvolveu a tecnologia conhecida como Marconaflow, que consistia em transportar minério em polpa por mineroduto (slurry pipeline) até navios transoceânicos.

A Belgo Mineira, controladora da Samitri, também tinha uma história marcada por fusões. Em 1921, resultou da união da Companhia Siderúrgica Mineira, fundada em 1917 por engenheiros formados na Escola de Minas de Ouro Preto, com a siderúrgica belga Arbed.

Por sua vez, a Marcona recebeu esse nome em referência à cidade no Peru onde sua primeira mina de ferro foi desenvolvida. O minério era exportado a partir de San Juan e, para ampliar as vendas, a empresa projetou em 1961 o primeiro navio Panamax, o maior a cruzar o Canal do Panamá até então, além de ter impulsionado o início industrial dos minerodutos com a tecnologia Marconaflow.

Assim, a gênese da Samarco foi a união entre a Samitri – que possuía reservas, mas enfrentava limitações para processar e exportar o minério – e a Marcona, que trazia tecnologia, know-how em concentração e pelotização e um histórico de grandes projetos de engenharia.

Ainda na década de 1970, a Utah International, braço de mineração da Utah Construction and Mining Co., foi incorporada à General Electric (GE) em uma fusão histórica de US$ 2,2 bilhões. Em 1984, a GE vendeu o negócio para a BHP, que se tornou sócia da Samarco. Mais tarde, em 2000, a Vale adquiriu a Samitri (então controlada pela Belgo Mineira), estabelecendo a sociedade igualitária de 50% Vale e 50% BHP, estrutura que permanece até hoje.

Pensar que dois jovens engenheiros mineiros, no início do século XX, recém-formados na Escola de Minas de Ouro Preto, se uniram aos belgas e, depois, aos melhores engenheiros e mineradores dos Estados Unidos para idealizar e implementar um projeto grandioso – posteriormente aprimorado por australianos, americanos, ingleses e brasileiros, mineiros e capixabas – é testemunhar a construção de um verdadeiro legado. Esse percurso reforça o DNA da Samarco, marcado pela combinação singular de tradição mineira, pioneirismo tecnológico e alianças internacionais.

Mas nossa história não se faz apenas de conquistas. O ano de 2015 jamais será esquecido. O rompimento da barragem de Fundão marcou profundamente a empresa, as comunidades e o país. Foi um episódio que trouxe perdas humanas impactos sociais e ambientais. Reconhecer esse capítulo é reafirmar nosso compromisso permanente com a reparação, a transparência e a mudança.

Desde então, a Samarco tem se reinventado com disciplina e resiliência: reconstruindo processos, fortalecendo controles, inovando em gestão de rejeitos e promovendo uma mineração mais segura e responsável. Seguimos trabalhando para resgatar a confiança da sociedade, cientes de que a reconstrução da reputação é gradual e exige consistência.

Hoje, em 2025, a Samarco se mantém como uma empresa resiliente, capaz de aprender com seus desafios e comprometida com o futuro. Continuamos a escrever uma história marcada pela inovação, pela competência técnica e pelo compromisso com uma mineração diferente, mais sustentável e consciente – sempre sustentada
pela parceria de dois sócios que investiram em inovação, na mineração e agora na reparação.

Esta história foi extraída e adaptada do artigo de Luiz Fabiano S. Saragiotto, publicado em agosto de 2023, à época diretor de reestruturação da Samarco.


Fonte: Assessoria de Imprensa da Samarco
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