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Publicado: 08/06/2017 14:37h

Petrobras passa a ter política de preços para o GLP

Petrobras passa a ter política de preços para o GLP

Gás de botijão destinado a uso residencial era o último derivado para o qual companhia não tinha uma política de preços

 A Diretoria Executiva da Petrobras aprovou uma nova política de preços para a comercialização às distribuidoras do Gás Liquefeito de Petróleo comercializado em botijões de até 13 kg e de uso residencial (GLP-P13).

O novo modelo foi definido com base na resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que "reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização, por produtor ou importador, de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinado exclusivamente a uso doméstico em recipientes transportáveis de capacidade de até 13kg, a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades".

Assim, a política de preços do GLP-P13 não terá como referência a paridade de preços internacionais (PPI) e está em linha com os parâmetros do Planejamento Estratégico 2017/2021.

O presidente da companhia, Pedro Parente, explicou a razão que motivou a adoção desta nova metodologia. “Esse é o último derivado de petróleo comercializado pela Petrobras para o qual não havia uma política definida. Com isso, completamos o ciclo de definição de políticas para os produtos da companhia”, afirmou.

O preço final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu (Butane NWE CIF ARA e Propane NWE CIF ARA) convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, conforme divulgada pelo Banco Central, acrescida de uma margem de 5%.

Parente esclareceu a diferença entre usar como referência a paridade de preços internacional, aplicada ao GLP comercial e industrial, e a cotação no mercado europeu, válida para o residencial. “Quando falamos na PPI isso significa uma combinação do preço internacional somado ao frete e demais custos. Nesse caso, nós estamos falando apenas do preço internacional. Essa é a diferença que permite que pratiquemos um preço abaixo do gás industrial e comercial, conforme determinação do CNPE”, apontou.

As correções de preços terão vigência a partir do dia 05 de cada mês. A exceção será este mês de junho, quando o ajuste de preços passará a ser praticado nas vendas às distribuidoras realizadas a partir do dia 08.

A aplicação da nova fórmula de preços para o GLP-P13 implicará um aumento médio nas refinarias de 6,7% no produto este mês. O preço final ao consumidor pode ou não refletir o ajuste feito nas refinarias. Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e revendedores, uma vez que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados.

Na composição de preços ao consumidor, a Petrobras responde por cerca de 25% do valor final, outros 20% são tributos e o restante do preço é composto por distribuição e revenda (55%).  O ajuste anunciado foi aplicado sobre os preços que é praticado pela Petrobras sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a companhia estima que o botijão de GLP-P13 pode subir, em média,  2,2% ou R$ 1,25/botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

O último reajuste aplicado pela Petrobras no preço de GLP-P13 ocorreu em 21 de março deste ano.

A política anunciada não se aplica ao GLP destinado a uso industrial/comercial.

A figura abaixo apresenta a estimativa de composição de preços do GLP-P13 ao consumidor final.


Fonte: Agência Petrobras
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