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Publicado: 03/10/2019 13:49h

Refinarias aumentam investimentos em Digital apesar de impactos menores nas margens operacionais, mostra pesquisa da Accenture

Refinarias aumentam investimentos em Digital apesar de impactos menores nas margens operacionais, mostra pesquisa da Accenture
59% dos entrevistados cita impacto positivo de Digital no planejamento e execução da produção, mas resistência à adoção dessa tecnologia ainda é barreira para implementação mais ampla

As refinarias seguem aumentando seus investimentos em tecnologias digitais, ainda que o impacto nas margens operacionais ainda seja baixo, de acordo com o novo estudo da Accenture (NYSE: ACN). "Digital Re-Definery " é o terceiro estudo anual da Accenture sobre o uso da tecnologia digital na indústria de refino, e tem como base uma pesquisa com 145 profissionais da área petrolífera, incluindo executivos de alto escalão, líderes funcionais e engenheiros de refinarias do mundo todo, inclusive do Brasil.

Segundo o levantamento, ao longo do último ano o número de refinarias com melhorias acima de 10% nas margens devido às tecnologias digitais caiu de 11% para 3%. Já as refinarias com impacto nas margens entre 7 e 10% passou de 19% para 11% e aquelas com melhorias nas margens entre 2% e 6% baixou de 46% para 38%.

Quando questionados sobre quais tecnologias geraram os maiores impactos nas suas margens operacionais ao longo do últimos três a cinco anos, analytics avançado ficou entre os três itens mais citados pelo maior número de entrevistados (62%), ultrapassando qualquer outra tecnologia digital. Em seguida vieram plataformas (46%) e sensores de IoT e computação de ponta (edge computing) (43%).

Por outro lado, apenas 3% dos executivos de refinarias notaram valores significativos (acima de 100 milhões de dólares) advindos do digital, comparado a 6% em 2018. Aqui, uma boa parte (28%) acredita que o digital esteja impulsionando algo em torno de 5 milhões de dólares ou mais nos negócios de suas empresas. O estudo sugere que os desafios para o escalonamento das iniciativas digitais sobre a base de ativos é o que impede as refinarias de capturar todo o valor que o digital pode oferecer.

Ainda assim, os gastos com essas tecnologias seguem aumentando em ritmo semelhante ao dos anos anteriores, com 56% dos entrevistados investindo mais ou significativamente mais em tecnologias digitais do que há 12 meses. Quando questionados sobre as áreas mais impactadas positivamente pelos investimentos em tecnologias digitais, planejamento e execução de produtos estão entre os três itens mais citados por 59% dos executivos, seguidos por manutenção e credibilidade (50%) e projetos de engenharia e de capital (30%).

Ao mesmo tempo, as refinarias estão ficando cada vez mais realistas na avaliação de suas capacidades digitais. Neste estudo, apenas 44% dos participantes classificaram o uso de tecnologias digitais em suas operações de refino como maduras1 ou parcialmente maduras2, contra 48% no ano passado.

O levantamento indica que, assim como acontece com a maioria dos programas de transformação, as pessoas são a peça fundamental para o sucesso. Contudo, o número de refinarias que encontram resistência em suas equipes e cultura organizacional para uma implantação mais ampla das tecnologias digitais aumentou consideravelmente, passando de 33% em 2018 para 48%. De acordo com o estudo, vencer os últimos obstáculos da transformação digital, garantindo uma maior adoção em toda a organização, embora desafiador, é fundamental para o sucesso do digital nas operações de refino.

"As empresas do setor ainda estão tentando entender como otimizar a entrega de resultados em suas operações", explica Tracey Countryman, diretora executiva e líder para a prática de Industry X.0 na Accenture Resources. "Não existe uma resposta única para a melhor forma de organizar a integração entre as tecnologias da informação e as tecnologias operacionais, já que isso depende da cultura organizacional e estratégia de liderança de cada empresa. Com tantos conceitos comprovados, é importante que as empresas revisitem seus processos operacionais para que um aumento de escala e ritmo seja efetivamente possível".

Seguindo esse raciocínio, as refinarias já estão tomando as medidas necessárias. Ao todo, 83% já estão enfrentando os desafios da convergência entre a tecnologia da informação (TI) e a tecnologia operacional em suas operações de refino, incluindo uma mudança no papel da TI, a criação de novas estruturas organizacionais para o digital, a formação de comitês executivos, a criação de novas posições C-level ou uma combinação entre essas iniciativas.

Metodologia

A pesquisa on-line foi realizada em janeiro de 2019 pela OGJ (Oil & Gas Journal) Research, com apoio da Accenture Research. O grupo de participantes foi composto por 145 profissionais, todos assinantes das publicações PennWell. Entre eles, há executivos e gestores mid-level, diretores de unidades de negócios, engenheiros e gerentes de projetos de vários segmentos da indústria, espalhados por 17 países: África do Sul, Brasil, Coreia do Sul, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Índia, Iraque, Itália, Kuwait, Malásia, México, Peru, Portugal, Reino Unido e Venezuela.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Accenture
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