Ano marca o melhor resultado da empresa em 24 anos, com destaque para os segmentos de Distribuição e Transmissão. Investimento, de R$ 2,8 bilhões, também foi recorde
A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, alcançou Lucro Líquido de R$ 1,337 bilhão em 2019, um aumento de 5,1% em comparação com 2018. Trata-se do melhor resultado da Companhia em toda a sua história de atuação no Brasil. O EBITDA ajustado (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 2,264 bilhões, uma alta de 8% em relação ao exercício anterior. Considerando-se apenas o quarto trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 315,9 milhões, um aumento de 25,5% em relação ao mesmo intervalo de 2018, e o EBITDA ajustado chegou a R$ 603,9 milhões, uma elevação de 34,3%.
O desempenho histórico foi fruto de melhorias operacionais na Distribuição, com destaque para retornos obtidos nas revisões tarifárias; da gestão integrada das geradoras junto com a comercializadora para mitigação do risco energético e da implantação do novo segmento de Transmissão. Paralelamente, o investimento realizado pela EDP no Brasil também foi o maior de sua história– R$ 2,818 bilhões, o que representa um crescimento de 149% na comparação com 2018.
“O ano passado foi marcado pelo aumento da nossa participação em negócios estratégicos para o futuro da Companhia – Redes Reguladas e Soluções de Energia. Com a credibilidade dos resultados alcançados em 2019, estamos confiantes de que iniciamos 2020 preparados para os novos desafios do setor e para seguir numa trajetória de crescimento sustentado”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil.
Investimentos em Transmissão
Em 2019, a Companhia reforçou sua estratégia no campo da Transmissão com a aquisição, no mercado secundário, do Lote Q, por R$ 407 milhões. O empreendimento é composto por duas subestações e 142 quilômetros de linhas de transmissão, conectando os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, entre Tubarão (SC) e Torres (RS).
O investimento total realizado no segmento de Transmissão, de R$ 1,9 bilhão, permitiu avanços importantes. Em 15 de outubro, foi emitida a licença de instalação (LI) do Lote 18, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. No mesmo mês, foi finalizado o licenciamento do Lote 21, em Santa Catarina.
Além disso, a conclusão das obras do lote 11, no Maranhão, possibilitou obter do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em 4 de janeiro deste ano, a liberação do início de operação comercial de um dos dois trechos da linha de transmissão e da subestação Chapadinha II. A entrada em operação parcial foi adiantada em 19 meses frente ao calendário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), representando uma antecipação de R$ 17 milhões, o equivalente a 51% da Receita Anual Permitida (RAP) total.
Excelência na Distribuição
Na Distribuição, os recursos destinados ao longo do ciclo tarifário às melhorias da operação e à excelência na prestação do serviço garantiram, após a revisão da tarifária da EDP ES e da EDP SP, um aumento médio de 36% na remuneração das distribuidoras, com uma glosa inferior a 0,5%, um percentual de referência no setor. O investimento também proporcionou a manutenção da trajetória de redução nas perdas não-técnicas. No ano, a Receita Líquida da Distribuição atingiu R$ 7,59 bilhões, um avanço de 9,6% (R$ 204,1 milhões na EDP SP e R$ 461 milhões na EDP ES).
Cumprindo sua estratégia de aumentar a participação da Distribuição no seu portfólio de investimentos, em dezembro a EDP adquiriu 691.700 ações preferenciais adicionais da Celesc a um custo de R$ 28,5 milhões. Com isso, a Companhia passou a deter 25,35% do capital social, tornando-se a principal acionista da distribuidora catarinense.
Pioneirismo em serviços de energia
No último ano, o pioneirismo da EDP ficou evidente no campo da mobilidade elétrica. Em outubro, a Companhia anunciou a instalação da primeira e maior rede de recarga ultrarrápida de veículos elétricos da América do Sul. Com um investimento total de R$ 32,9 milhões, o empreendimento vai conectar um total de 64 pontos de carregamento interligando Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, formando um corredor de abastecimento de automóveis elétricos com mais de 2.500 quilômetros de extensão. As primeiras inaugurações estão programadas para este ano, com a conclusão da implementação da rede até 2021.
A empresa também realizou, no primeiro semestre, a entrega de um complexo de energia solar à Multiplan, um dos principais grupos do ramo de shopping centers do país. O conjunto de duas usinas fotovoltaicas, localizadas em Itacarambi, no norte de Minas Gerais, tem capacidade instalada de 8,33MWp e proporcionará uma economia anual de até R$ 5,5 milhões na fatura de energia, segundo a Multiplan.
No segundo semestre, a EDP concluiu uma usina solar no modelo de autoprodução para atender os Novos Estúdios Globo, inaugurados pela emissora no Rio de Janeiro. Em uma área de aproximadamente 4.500 metros quadrados, mais de 2 mil painéis fotovoltaicos foram instalados sobre o chamado Módulo de Gravação 4 (MG4). Durante o tempo de vida útil da usina, será evitada a emissão de aproximadamente 2 mil toneladas de CO2, o equivalente ao plantio de 12 mil árvores.
Controle do risco energético
No segmento da Geração, o cenário hidrológico se manteve abaixo dos registros históricos médios, impactando diretamente as usinas, que ficaram expostas a um GSF (mecanismo financeiro que visa o compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam os agentes de geração) de 80,9%. Assim, para proteger seu portfólio de energia, as Geradoras do Grupo, em conjunto com a Comercializadora, mantiveram ao longo do ano cerca de 20% da energia descontratada, o que permitiu zerar o risco energético no ano.
Preocupação com a sustentabilidade
Em 2019, a EDP ampliou seu apoio à causa da valorização da cultura luso-brasileira. Por esse motivo, a Companhia, que já era a maior patrocinadora da reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, tornou-se também a primeira patrocinadora máster da restauração do Museu do Ipiranga, fechado desde 2013. No total, a Empresa destinou R$ 32 milhões à recuperação de ambos os museus.
No âmbito social, O Instituto EDP, organização que há 12 anos gere as ações socioambientais do Grupo EDP, beneficiou mais de 82 mil pessoas em 2019 com iniciativas no Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Mais de 18 milhões de reais foram investidos em projetos voltados à educação, cultura, esporte, empreendedorismo, desenvolvimento social, saúde e geração de renda.
Em 2019, a EDP foi selecionada pelo 14º ano consecutivo para compor o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 e foi apontada como a Melhor Empresa do Brasil em Transparência e Combate à Corrupção pelo Guia EXAME de Sustentabilidade. São reconhecimentos que animam a Companhia a seguir firme em sua missão de liderar a transição energética no Brasil, dando a sua contribuição para construir uma nova década mais ética, humana e sustentável.