FPSO Almirante Tamandaré já iniciou sua produção no pré-sal
O FPSO Almirante Tamandaré (Búzios 7) entrou em produção no dia 15/2, no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Ao todo, serão 15 poços, 7 produtores de óleo, 6 injetores de água e gás, 1 conversível (produtor e injetor) e 1 injetor de gás, interligados à plataforma por meio de uma infraestrutura submarina.
De acordo com a presidente Magda Chambriard, Búzios 7 é a primeira unidade de alta capacidade a ser instalada no campo. "Tem potencial para produzir diariamente até 225 mil barris de óleo (bpd) e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás. O FPSO Almirante Tamandaré é parte do sexto sistema de produção de Búzios e contribuirá para que o campo alcance a produção de 1 milhão de barris de óleo por dia, previsto para o segundo semestre de 2025", afirmou a presidente.
“A capacidade média das plataformas no mundo fica em torno dos 150 mil barris diários de óleo e compressão de 10 milhões de m3 de gás. Com o Almirante Tamandaré, estamos alcançando um outro patamar de produtividade, que só é possível em campos como o de Búzios. Além da alta capacidade, agregamos configurações que possibilitam mais eficiência e tecnologias de descarbonização”, declarou Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação.
Em breve, espera-se que o campo de Búzios se torne o maior campo de produção da Petrobras. “É altamente produtivo, com reservas substanciais de petróleo leve. Até 2030, nossa expectativa é de superar o marco de 1,5 milhões de barris de produção por dia”, explicou Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção.
A unidade foi afretada junto à SBM Offshore e, além de apresentar capacidade acima da média das unidades da indústria, conta com tecnologias de descarbonização, como o flare fechado, que contribui para redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Há também tecnologias para aproveitamento de calor, que reduzem a demanda de energia adicional para a unidade.
O consórcio de Búzios é composto pela Petrobras (operadora), as empresas parceiras chinesas CNOOC, CNODC e a PPSA, empresa gestora dos contratos de partilha da produção.
Vamos investir R$ 100 milhões para ampliar o monitoramento de toda a costa brasileira
Reafirmando nosso papel de vanguarda na ciência, tecnologia e inovação. Nosso compromisso com a sustentabilidade, além de valores, como segurança e comprometimento com o País, assinamos Termo de Cooperação (TC) com a Marinha, no valor de R$100 milhões, para expansão da Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (REMO).
A implementação do Projeto REMO trará benefícios significativos tanto para a segurança quanto para a economia marítima brasileira. As medições podem beneficiar outras atividades, como transporte marítimo, gestão ambiental e planejamento costeiro.
Veículos autônomos
Um dos propósitos do Termo de Cooperação é qualificar e licenciar o uso de veículos autônomos de superfície, não tripulados e não operados continuamente, como o SailBuoy e o glider.
O SailBuoy é uma espécie de mini-veleiro, controlado via satélite, com operação ininterrupta mantida por baterias carregadas por módulos fotovoltaicos. Esse equipamento também monitora dados meteoceanográficos, com a vantagem de resistir ao mau tempo, que pode impedir a operação segura de um navio.
O glider é um veículo autônomo de subsuperfície, como um torpedo, que atinge até mil metros de profundidade e é usado para monitoramento amplo dos oceanos.