A Vale encerrou 2019, o ano mais desafiador de sua história, com o firme compromisso de retomar e de estabilizar sua produção, ao mesmo tempo em que implementa os mais altos padrões de segurança em suas operações. A resistência e a flexibilidade operacional da empresa têm prevalecido e o roteiro para diminuir o risco de suas operações está sendo seguido. A Vale continua comprometida em se tornar uma das empresas de mineração mais seguras e confiáveis do mundo.
O volume de vendas de finos de minério de ferro[1] e pelotas atingiu 312,5 Mt em 2019, ficando em linha com o guidance anual de 307-312 Mt. A produção de finos de minério de ferro[2] da Vale totalizou 302,0 Mt, ficando 21,5% menor do que em 2018, enquanto a produção de pelotas em 2019 foi de 41,8 Mt, ficando 24,4% menor do que em 2018. A interrupção operacional que se seguiu à ruptura da barragem I, com interdições nas operações de Vargem Grande, Fábrica, Brucutu, Timbopeba e Alegria, juntamente com a sazonalidade climática mais forte do que o normal no 1S19, causaram grandes impactos na produção, parcialmente compensados por: (a) ramp-up do S11D; (b) redução de estoques; (c) retomada gradual das operações de Vargem Grande[3], Brucutu e Alegria.
Trimestralmente, as vendas de finos de minério de ferro1 e pelotas da Vale totalizaram 88,9 Mt no 4T19, 4,4% superior ao trimestre anterior e superior à produção no período, como resultado de redução de estoque. A participação de produtos premium totalizou 87% no 4T19. Os prêmios de qualidade de finos e pelotas de minério de ferro atingiram US$ 6,4/t[4] no 4T19 contra US$ 5,9/t no 3T19, principalmente como resultado da maior contribuição do ajuste de pelotas devido aos dividendos sazonais recebidos[5].
A Vale reforça seu compromisso de retomar e estabilizar a produção sob as mais altas condições de segurança. A produção da mina de Alegria, retomada em novembro de 2019, contribuirá com aproximadamente 8 Mt em 2020, conforme divulgado anteriormente[6], adicionando aproximadamente 5 Mt de produção em relação a 2019. A logística no Complexo de Vargem Grande foi liberada após a retomada das operações no Terminal Ferroviário de Andaime (TFA) em janeiro de 2020, o que permitirá embarques ferroviários de, aproximadamente, 7 Mt de estoque de produtos retidos.
Quanto ao plano de retomar aproximadamente 40 Mtpa de capacidade interrompida, possibilitando uma produção adicional de 15 Mt e 25 Mt em 2020 e 2021, respectivamente, a Vale está avançando nas discussões com a Agência Nacional de Mineração (ANM), com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e com as empresas de auditoria externa para iniciar testes nos sites e retomar gradualmente a produção. Mais detalhes sobre o plano de retomada para os complexos de Timbopeba, Vargem Grande e Fábrica são fornecidos na seção "Minério de ferro".
Espera-se que o S11D contribua para o volume total de produção de 2020 com 90 Mt de minério de ferro de alta qualidade e baixo custo. Com relação às Serras Norte e Leste, a Vale espera produzir cerca de 120 Mt em 2020, principalmente devido aos impactos associados ao ramp-up da frente de lavra Morro 1.
Com o objetivo de promover a retomada segura da operação da barragem de Laranjeiras, a Vale estenderá a suspensão da disposição de rejeitos pelo menos até o final de março de 2020, quando esperamos ter os resultados da avaliação geotécnica das condições da estrutura. Os resultados determinarão as ações corretivas, se houverem, para retomar a disposição de rejeitos na barragem de Laranjeiras. Como resultado, a planta de Brucutu continuará operando com aproximadamente 40% de sua capacidade, por meio de processamento a úmido com filtragem de rejeitos. Alternativas de curto prazo para a disposição de rejeitos, como a otimização do uso da barragem Sul, estão em avaliação por equipes geotécnicas e operacionais e podem aumentar a capacidade da planta de Brucutu para 80%.
Em relação às fortes chuvas em Minas Gerais, em janeiro e fevereiro, a Vale expressa sua solidariedade com as vítimas e comunidades impactadas e informa que, devido a interrupções temporárias de produção e transporte nos Sistemas Sul e Sudeste, a perda de produção foi de, aproximadamente, 1 Mt.
Apesar dos impactos combinados na produção, o guidance de produção de finos de minério de ferro da Vale em 2020 permanece em 340-355 Mt. Os volumes de produção dependerão, principalmente, da concessão de autorizações externas para retomar a produção interrompida, enquanto a conquista do maior nível de produção continua possível, dependendo de várias vantagens que estão sendo exploradas.
Devido à menor disponibilidade de feed de pelotas e à suspensão da disposição de rejeitos na barragem de Laranjeiras, mencionada acima, o guidance anual de produção de pelotas foi revisado para 44 Mt, enquanto o guidance de produção de finos de minério de ferro no 1T20 foi revisado para 63-68 Mt.
As estimativas mencionadas acima não consideram efeitos de segunda ordem da epidemia de coronavírus, que, no momento da redação deste documento, parecem ser acomodados apenas por meio de alterações de preço.
A Vale reforça sua estratégia de margem sobre volume, priorizando produtos blendados em seu portfólio. Portanto, os estoques serão reestabelecidos em 2020 para garantir o fornecimento adequado, o que pode implicar vendas menores em comparação aos volumes de produção.
A produção de níquel acabado atingiu 208 kt em 2019, ficando em linha com a guidance anual de 210-220 kt e 15,0% menor do que em 2018. A produção refletiu menor compra de minério de terceiros, menos minério vindo de Thompson e VNC (este último devido à disponibilidade limitada de ativos operacionais da planta de processamento durante o ano), bem como menor produção de Onça Puma antes de receber autorização judicial para retomar as atividades de mineração e processamento, o que ocorreu em setembro de 2019. As operações de níquel também foram impactadas durante o ano por paradas de manutenção nas refinarias do Atlântico Norte, que foram retomadas e agora estão operando a taxas regulares.
As atividades de refino em VNC, responsáveis pelo processamento do feed em óxido de níquel, cessarão a partir de abril de 2020, como parte do processo de melhorar o fluxo de caixa no curto prazo. Com essa simplificação do fluxograma, o mix de produtos de níquel de VNC será composto, exclusivamente, de nickel hydroxide cake.
A produção de cobre acabado atingiu 381,1 kt em 2019, ficando em linha com o guidance anual de 382-386 kt e um pouco menor do que em 2018, devido à menor produção de Sossego, que foi parcialmente compensada pela produção recorde em Sudbury. No 4T19, a produção de Sossego foi impactada por manutenção não programada, já concluída.
Esse site operará a taxas regulares a partir do 1T20.
Resumo da produção
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