Empresa apoia a cadeia de produção do aço e desempenha papel-chave na aceleração da transição energética mundial
A Vale marca presença na 34ª edição da ExpoAço Brasil, que acontece entre 5 e 7 de agosto, em São Paulo. O evento reúne os principais stakeholders da indústria do aço, além de especialistas e lideranças do cenário econômico e empresarial, para debater as perspectivas do setor e sua importância no crescimento sustentado do país.
A descarbonização da economia até 2050 é uma prioridade para diversos países, entre eles o Brasil, que se comprometeu a reduzir 53% das emissões até 2030, além de neutralizar as emissões de carbono até 2050, segundo dados do balanço Global Stocktake divulgado na última Conferência das Partes (COP 28). O setor siderúrgico, classificado como hard to abate (de difícil abatimento de emissões) devido à queima de combustíveis fósseis e reações químicas que liberam grandes quantidades de CO2, tem pela frente o desafio de encontrar soluções economicamente viáveis. A descarbonização do setor de ferro e aço é vital para cumprir as metas de mitigação das mudanças climáticas e alcançar um futuro sustentável para o setor.
Neste cenário, a Vale desponta como um parceiro estratégico, que estabeleceu a meta de reduzir em 15% suas emissões de escopo 3, relativas à cadeia de valor (o que inclui os clientes siderúrgicos) até 2035. A empresa busca alcançar esse objetivo com minério de alta qualidade, inovação e parcerias estratégicas.
O minério de alta qualidade fornecido pela Vale para produção de aço contribui para aumentar eficiência do processo e, dessa forma, reduzir as emissões de CO2 nas usinas siderúrgicas. O teor médio de ferro atual da produção da empresa é 62,5%. A Vale pretende chegar a 64% após 2030. A operação em Carajás, Pará, tem 6 bilhões de toneladas em reservas com cerca de 66% de teor de ferro e baixo teor de impurezas.
A Vale também investe em inovação para a descarbonização da siderurgia. A empresa desenvolveu o briquete a partir da aglomeração de minério de ferro de alta qualidade a baixas temperaturas. A primeira planta de briquete do mundo foi inaugurada em 2023, em Vitória, Espírito Santo, totalizando investimento de R$ 1,2 bilhão. A previsão da Vale é produzir 100 milhões de toneladas de aglomerados (briquetes e pelotas) a partir de 2030.
O briquete é resultado de 20 anos de pesquisa e desenvolvimento no centro de tecnologia da Vale. O produto elimina a sinterização, processo intensivo em carbono, reduzindo em até 10% as emissões no alto-forno e, no futuro, quando o hidrogênio verde estiver disponível, poderá viabilizar o aço verde. Avançando também no fomento para a cadeia de produção de hidrogênio, a Vale fechou parcerias com produtor de aço verde H2 Green Steel e com a Petrobras para explorar oportunidades no Brasil.
A Vale desenvolve ainda soluções em parcerias com os clientes, como os Mega Hubs. Nesses complexos industriais, a empresa vai concentrar o minério de ferro e produzir briquetes, que servirão de insumo para a produção de HBI (hot-briquetted iron ou “ferro-esponja”) por parceiros. O HBI, intermediário entre o minério de ferro e o aço, pode ser usado para a produção de aço de baixa emissão pela rota de redução direta, baseada nos fornos elétricos a arco. Se for utilizado gás natural no forno, a emissão de CO2 é aproximadamente 60% menor do que na produção de ferro-gusa através da rota integrada BF-BOF (alto-forno). No futuro, a substituição de gás natural por hidrogênio e a utilização de energia renovável poderão eliminar as emissões de CO2.
“A participação da Vale na ExpoAço 2024 reforça nosso compromisso com a transformação da siderurgia. Apoiamos a cadeia de produção do aço na solução de desafios futuros da nossa economia, como a descarbonização, e contribuímos para a geração de emprego e renda para as comunidades. Estamos induzindo a neoindustrialização do Brasil, que será baseada na indústria de baixo carbono. Nossa estratégia se baseia em oferecer produtos de qualidade e utilizar nossa capacidade de inovar e estabelecer parcerias.”, avalia Marcello Spinelli, vice-presidente de Soluções de Minério de Ferro da Vale.