Inédita, a estrutura contou com investimentos de R$ 4,5 milhões por parte da empresa
A Vale e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) inauguraram nesta segunda-feira, dia 9 de junho, o Complexo Laboratorial de Mudanças Climáticas, estrutura que mereceu investimentos da ordem de R$ 4,5 milhões por parte da empresa. Inédita no Espírito Santo e um dos melhores do Brasil em termos de pesquisas relacionadas ao tema, a estrutura servirá como base para a realização de estudos sobre florestas tropicais brasileiras e os impactos das mudanças climáticas sobre esses biomas.
Projetado para a execução de pesquisas nas áreas de silvicultura tropical, ecologia e manejo de florestas tropicais, e para apoiar estudos sobre recuperação de áreas degradadas, o complexo faz parte do Departamento de Engenharia Florestal do Centro de Ciências Agrárias da Ufes, localizado no município de Jerônimo Monteiro, no Sul do Espírito Santo, e ocupa uma área de 1.600 metros quadrados.
A criação dos laboratórios permitirá também o aprofundamento das pesquisas que já vêm sendo realizadas no núcleo, onde são reproduzidos diferentes cenários climáticos e ambientais, como aumento de CO2 e de temperatura, flutuações da disponibilidade de água e de nutrientes no solo e de como as plantas reagem a cada um dessas variáveis.
Além de financiar a construção do prédio onde o núcleo está instalado, o investimento feito pela Vale é aplicado também na viabilização de bolsas de pesquisa sobre os temas em questão, bem como em outros custos envolvidos na realização desses estudos. Ao todo são 19 bolsas de mestrado que contemplam alunos que estejam regularmente matriculados nos programas de mestrado ofertados pela universidade. Cerca de 12 professores, além de 25 alunos de mestrado e oito de doutorado, farão uso dos laboratórios.
A Floresta Tropical é um dos ecossistemas mais complexos do mundo, o que a torna ainda pouco conhecida dada à elevada diversidade biológica que abriga. A ideia de se estruturar um núcleo específico para estudos relacionados ao tema é testar métodos e conhecer mais as espécies e a eficiência dessas pesquisas e, assim, aplicá-los em demandas reais, quando possível.
Saiba mais sobre a estrutura dos laboratórios
Analisador de gases a infravermelho (IRGA) - o equipamento mede trocas gasosas das plantas relacionadas a fotossíntese, transpiração e condutância, entre outros.
Estação meteorológica automática – faz a mensuração de como as espécies florestais reagem às variações climáticas, especialmente àquelas relacionadas à temperatura.
Laboratório de geoprocessamento – trabalha com imagens de satélite de alta resolução para mapeamento, zoneamento das áreas em potencial para plantio.