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Publicado: 12/05/2019 00:00h

Resultado financeiro 1T19 da Vale

Resultado financeiro 1T19 da Vale

Três meses e meio após a trágica ruptura da Barragem I na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), toda a organização ainda está de luto e completamente focada em fazer todos os esforços para garantir a segurança das pessoas e a integridade de seus ativos, atendendo às necessidades dos afetados e mitigando os danos. 

Eduardo Bartolomeo, recentemente confirmado como diretor-presidente pelo Conselho de Administração, comentou: "Estou comprometido em liderar a Vale no momento mais desafiador de sua história. Trabalharemos incansavelmente para garantir a segurança das pessoas e das operações da empresa. Nós nunca esqueceremos Brumadinho e não pouparemos esforços para aliviar o sofrimento e reparar as perdas das comunidades impactadas. . Este enfoque nas pessoas e na segurança impulsionará nossa excelência operacional e fortalecerá nossa licença para operar, garantindo resultados sustentáveis através do fornecimento de portfólio de produtos de alta qualidade."

Os impactos financeiros da ruptura da barragem de Brumadinho levaram ao primeiro EBITDA negativo da Vale em sua história, negativo de R$ 2,8 bilhões, no 1T19.

O impacto financeiro da ruptura da barragem de Brumadinho no EBITDA do 1T19 foi de R$ 19,0 bilhões, devido principalmente a: (a) provisões para os programas e acordos de compensação/remediação (R$ 9,3 bilhões); (b) provisão para descomissionamento ou descaracterização de barragens de rejeito (R$ 7,1 bilhões); (c) despesas incorridas diretamente relacionadas a Brumadinho (R$ 392 milhões); (d) volumes perdidos (R$ 1,1 bilhão); (e) despesas de parada (R$ 605 milhões); (f) outros (R$ 469 milhões). As provisões e despesas relacionadas aos itens (a), (b), (c) e (f) foram registradas no segmento "Outros" (vide "Provisões relacionadas à ruptura da barragem de Brumadinho" na seção "Desempenho operacional e econômico-financeiro" deste relatório), enquanto o impacto das paralisações nos volumes de vendas (d) e nas despesas (e) foram registrados no segmento de Minerais Ferrosos.

O EBITDA da Vale também foi impactado pelo menor volume de vendas de minério de ferro e pelotas, ficando 30% e 20% inferior ao 4T18 e ao 1T18, respectivamente. A redução em relação ao 4T18 foi decorrente dos seguintes efeitos: (a) sazonalidade usual (14 Mt); (b) impacto de paradas de produção após a ruptura da barragem de Brumadinho (7 Mt); (c) novos procedimentos de gerenciamento de estoque nos portos chineses, que impactaram o momento de reconhecimento da receita de vendas (6 Mt); (d) chuvas anormais impactando os embarques do porto de Ponta da Madeira, no Sistema Norte (5 Mt); os quais foram parcialmente compensados pela utilização de estoques nos portos chineses no 1T19 (3 Mt).

O prêmio de qualidade de minério de ferro e pelotas foi impactado pelos menores prêmios do mercado de Carajás e atingiu US$ 10,7/t no 1T19, ficando US$ 0,8/t abaixo do 4T18. O menor efeito do prêmio de mercado de Carajás sobre o preço realizado foi compensado por preços do benchmark mais altos e pelo efeito positivo dos novos contratos na venda de pelotas.

O custo caixa de minério de ferro C1 no 1T19 foi US$ 1,2/t maior do que no 4T18, principalmente, em razão da menor diluição de custos fixos em volumes sazonalmente menores, enquanto o impacto das operações interrompidas após a ruptura da barragem de Brumadinho (US$ 2,7/t) foi registrado como despesa de parada.

O EBITDA breakeven foi de US$ 30,3/t, ficando US$ 3,0/t acima do 4T18, principalmente, devido aos efeitos acima mencionados de: maior custo caixa C1 (US$ 1,2/t), menor prêmio de mercado (US$ 2,5/t) e maiores gastos de parada relacionados à ruptura da barragem de Brumadinho (US$ 2,7/t), que foram compensados por menores custos de frete (US$ 2,0/t) e maior contribuição de pelotas (US$ 1,7/t).

Nos Metais Básicos, o EBITDA totalizou R$ 1,9 bilhão no 1T19, ficando R$ 351 milhões abaixo do 4T18, principalmente em função do menor volume de vendas e maiores custos, parcialmente compensados por maiores preços. A manutenção programada em PTVI e VNC impactou a produção e, portanto, os volumes de vendas e a diluição de custo fixo.

O EBITDA do negócio de carvão foi negativo em R$ 263 milhões no 1T19, principalmente como resultado de menores preços de referência no mercado e menores volumes. Os volumes de carvão diminuíram devido à estação chuvosa severa em Moçambique, quando comparado com o 4T18, o que levou a uma menor diluição dos custos fixos. 

A dívida bruta totalizou US$ 17,051 bilhões em 31 de março de 2019, aumentando em US$ 1,585 bilhão em relação a 31 de dezembro de 2018, principalmente como resultado da adição de US$ 1,842 bilhão de novas linhas de crédito captadas para cumprir com a obrigação de manter fundos bloqueados relacionados à ruptura da barragem de Brumadinho.

A dívida líquida aumentou US$ 2,381 bilhões em comparação com o 4T18, totalizando US$ 12,031 bilhões, principalmente como resultado de caixa restrito e dos depósitos judiciais no valor de US$ 3,490 bilhões, que foram separados da posição de caixa disponível, e do mencionado aumento na dívida bruta.

O lucro líquido foi negativo em R$ 6,4 bilhões no 1T19 - o que significou uma diminuição de R$ 20,9 bilhões em relação ao 4T18 - principalmente em decorrência dos eventos subseqüentes relacionados à ruptura da barragem de Brumadinho e menores volumes de venda. 

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Fonte: Assessoria de Imprensa Vale
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