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Publicado: 22/09/2022 10:42h

As barragens da Vale terão aderência total ao Padrão Global até 2025

As barragens da Vale terão aderência total ao Padrão Global até 2025

Até agosto de 2023, todas as estruturas classificadas com elevado potencial de danos às pessoas e ao meio ambiente estarão em conformidade com o GISTM

A Vale assumiu o compromisso formal de adequar todas as suas 48 barragens de rejeitos (incluindo diques e empilhamentos drenados) nos negócios de Ferrosos e Metais Básicos no Brasil e no resto do mundo ao Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês) até 2025. Neste mesmo ano, a empresa tem o objetivo de não ter mais barragens em nível de emergência 3 no Brasil. 

Na prática, uma barragem de rejeitos completamente aderente ao GISTM significa que a estrutura teve sua fiscalização, monitoramento e a transparência das informações relativas a ela aprimorados. Além disso, a estrutura também passa a receber a avaliação contínua de auditorias e inspeções realizadas de forma independente. O objetivo principal do GISTM é garantir dano zero às pessoas ou ao meio ambiente em torno da barragem durante todo seu ciclo de vida, do projeto até seu fechamento. 

O GISTM foi criado em 2020, a partir de uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) e do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, em inglês), estabelecendo um novo marco para a segurança das barragens como o primeiro padrão global do setor. O Padrão classifica as barragens de rejeitos de acordo com o potencial de danos às pessoas e ao meio ambiente em caso de ruptura, a exemplo do que também faz a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). 

O compromisso da Vale estabelece a adequação das 38 estruturas classificadas com potencial de consequência “extrema” ou “muito alta” com 100% de conformidade com o GISTM até agosto de 2023. As demais 10 barragens estarão adequadas até 2025. O processo de aderência ao GISTM também conta com fases de longo prazo para a adequação em outras estruturas, como pilhas e barragens de sedimentos e água. 

O GISTM é composto por 77 requisitos que englobam aspectos relacionados à gestão de depósitos de rejeitos, em todo o ciclo de vida da estrutura, desde o projeto, operação até o fechamento. Os requisitos incluem o pleno envolvimento das comunidades afetadas, respeito aos direitos humanos, engenharia, governança, papeis e responsabilidades, revisões técnicas, preparação para emergências e aspectos relacionados a transparência e divulgação pública de informações. 

Desde o rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019, a Vale vem promovendo uma transformação na gestão de suas barragens, direcionada pelos aprendizados com a ruptura da estrutura e pelas melhores e mais rigorosas práticas internacionais estabelecidas pelo GISTM. O compromisso com a adoção do GISTM foi reforçado em Termo de Compromisso firmado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em agosto deste ano. 

A empresa vem implementando uma profunda análise técnica do histórico e das condições atuais e de performance de cada uma das suas barragens. Além disso, as ações preventivas, corretivas e de monitoramento foram intensificadas, com medidas cada vez mais integradas com movimentos da sociedade e em conformidade com as melhores práticas internacionais. A empresa também implantou três Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) no Brasil, que atuam 24 horas por dia, 7 dias por semana, para monitoramento remoto de todas as barragens. 

Descaracterização de barragens: foco na segurança

A eliminação das barragens a montante da empresa no Brasil é parte dessa transformação na gestão de barragens da companhia e uma das principais ações da Vale para evitar que rompimentos como o de Brumadinho voltem a acontecer. As obras são complexas, com soluções customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente. 

Desde 2019, já foram investidos quase R$ 5 bilhões no Programa de Descaracterização da Vale. Das 30 estruturas que usam o método de construção com alteamentos a montante, nove já foram eliminadas (seis em Minas Gerais e três no Pará) e mais três têm conclusão prevista até o final deste ano, quando a empresa prevê alcançar 40% do total, o que representará 12 de 30 estruturas descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente. Todas as barragens a montante da companhia são objeto de avaliação por assessoria técnica independente e integram o Termo de Compromisso assinado com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e Estado de Minas Gerais.


Fonte: Assessoria de Imprensa da Vale
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