Monitoramento em plantios da Fibria é realizado por imagens de satélites e trazem maior precisão no controle da matocompetição, otimizando as visitas ao campo e permitindo tratar os pontos mais críticos com maior agilidade e assertividade.
O uso de novas tecnologias vem trazendo maior eficiência e qualidade aos processos florestais. Um exemplo de como os recursos digitais contribuem para a manutenção da produtividade florestal é o monitoramento das ervas daninhas, que brotam entre os eucaliptos, por meio do processamento de imagens de satélites. Esses alertas direcionam as equipes para os pontos críticos, priorizando o monitoramento e controle mais efetivo, melhorando a gestão e o manejo da mato-competição nos plantios.
Segundo explica o coordenador de Proteção Florestal Corporativa da Fibria, Edmilson Bitti, a matocompetição ocorre quando as ervas começam a crescer e competem pelos nutrientes e a água do solo com as mudas plantadas de eucalipto. Antes do processamento via satélite, conhecido como “alertas radar”, a identificação dessas plantas daninhas era feita apenas de forma presencial, por meio de caminhadas pelos talhões de plantios de eucalipto e com menor precisão dos pontos identificados com maior risco.
Com a implementação do novo sistema, o monitoramento em toda a área florestal da Fibria com plantios novos é feito via satélite. Por meio deste novo modelo, são emitidos quinzenalmente mapas de alerta, com recomendações de pontos de maior risco e necessidade controle de plantas daninhas. Quanto mais escuras forem as imagens no talhão, resultante do processamento, maior é a probabilidade de haver matocompetição e, assim, são priorizadas as ações de monitoramento e direcionadas as áreas para aplicação de herbicida.
“Com a identificação de locais com diferentes probabilidades de matocompetição, temos a oportunidade de direcionar o monitoramento presencial de forma assertiva, visitando com menor frequência áreas menos críticas e indo direto ao ponto”, explicou Edmilson.
Além de agilizar a ação e concentrar esforços nos locais mais críticos, o monitoramento digital permite avaliar a qualidade do serviço de controle das plantas daninhas. “Se, após uma aplicação do defensivo, o mato aparecer no mesmo local, a equipe de Silvicultura atua de forma efetiva para garantir que a correção do serviços e produtividade dos plantios”, afirmou Rodrigo Zagonel, Gerente de Silvicultura da Unidade Aracruz.
O monitoramento via satélite funciona bem em áreas de plantio jovem, com até oito meses de idade. Isso porque, conforme as árvores crescem, as copas escondem o mato rasteiro. Toda a área florestal com plantios de até 8 meses de idade está com o sistema de satélite ativo desde o final de 2017, mas a operacionalização plena do novo sistema, com criação de ordens de serviços, foi implementada a partir deste segundo semestre de 2018.
O estudo para a implementação da solução de monitoramento via satélite começou há mais de dois anos, por iniciativa do coordenador da área de Cadastro & Geoprocessamento da Fibria, Dennis Bernardi, que trabalhou na prospecção da tecnologia, com empresas do Brasil e do exterior. A solução foi colocada em prática graças à parceria com uma startup, que ajudou a desenvolvê-la.