Já são 1.050 nascentes em processo de restauração em MG e no ES. Nesta etapa, 500 outras começarão a ser recuperadas
O terceiro ano do Programa de Recuperação de Nascentes, ação fundamental para revitalização da bacia hidrográfica do rio Doce, já começou. A nova fase do projeto vai continuar mobilizando, engajando e formando produtores rurais para que eles atuem na recuperação de outras 500 nascentes — além das 1.050 que já estão sendo restauradas em Minas Gerais e no Espírito Santo.
“Neste momento, estamos buscando o protagonista da recuperação do rio Doce, o produtor rural, para desenvolver um relacionamento mais próximo com esses atores. O objetivo é dar sustentação ao processo técnico de recuperação e ao mesmo tempo adequar ambientalmente as propriedades, incorporando as melhores práticas socioambientais para a agricultura, floresta e pecuária durante todo o ano de 2019”, explica Antônio Sergio Cardoso Filho, analista do programa de Uso Sustentável da Terra da Fundação Renova.
Das 500 nascentes previstas para serem recuperadas nesta etapa, 350 estão em Minas Gerais (100 na bacia do Piranga e 250 na bacia do Suaçuí) e 150 no Espírito Santo. Em MG, propriedades nas cidades de Sabinópolis, Virginópolis, Guanhães, Governador Valadares (distritos de São Vítor, Penha do Cassiano e Córrego dos Melquíades) e Ponte Nova vão receber ações do projeto. Já no ES, as localidades selecionadas são Marilândia, Colatina e Linhares.
A seleção das regiões foi feita pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, em conjunto com os Comitês de Bacias Hidrográficas (CBH) Suaçuí, Pontões e Lagoas do rio Doce e Piranga. “Estamos finalizando o contato com o poder público e instituições locais que atuam no meio rural para divulgar as ações do programa e convocar os produtores rurais. Também iniciamos o chamamento dos proprietários para a apresentação dos programas”, diz Antônio Sergio.
Números do programa
No primeiro ano, iniciamos o processo de recuperação de 511 nascentes em 216 propriedades mineiras e capixabas. No segundo ano, 539 passam pelo mesmo processo em 236 propriedades dos dois Estados. O objetivo do programa é recuperar 5.000 nascentes ao final de dez anos.
De acordo com o líder dos programas socioambientais da Fundação Renova, Lucas Scarascia, a determinação do TTAC abre novas frentes de atuação na área de reflorestamento. “É uma grande oportunidade de desenvolvimento de uma rede de fornecimento de sementes e mudas produzidas localmente, acoplada às políticas públicas existentes. Abrimos caminhos para que ações como essas sirvam de exemplo para outras etapas de recuperação”.