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Publicado: 26/09/2019 15:14h

Programa de recuperação da bacia do Rio Doce são apresentados em conferência na África

Programa de recuperação da bacia do Rio Doce são apresentados em conferência na África
Evento acontece na Cidade do Cabo, na África do Sul, e conta com a participação da equipe socioambiental da Fundação Renova

A Fundação Renova levará um dos maiores programas de recuperação florestal do mundo à 8ª Conferência Mundial de Restauração Ecológica, que acontece entre 24 e 28 de setembro na África do Sul. Essa será uma oportunidade para mostrar um trabalho que é pioneiro na área de restauração florestal e trocar conhecimentos a fim de aprimorar as ações que vêm sendo adotadas. O evento é realizado a cada dois anos pela SER – Society for Ecological Restoration (Sociedade de Restauração Ecológica), que tem sede nos Estados Unidos.

Entre as questões a serem abordadas pelos especialistas da Fundação Renova, estão os critérios políticos, sociais, institucionais, ecológicos e tecnológicos usados para mapear e priorizar as áreas de restauração florestal ao longo da bacia do rio Doce, pensadas a partir de um estudo em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). A participação das comunidades locais e as formas de colocar o plano em prática serão alguns dos temas discutidos.

O diretor-presidente da Fundação Renova, Roberto Waack, destaca que “há mais de 30 anos, a Sociedade de Restauração Ecológica reúne pesquisadores, profissionais de restauração, tomadores de decisão e líderes comunitários do mundo inteiro. Para a Fundação Renova, apresentar, neste encontro, os programas socioambientais que têm sido desenvolvidos é uma honra e uma ótima oportunidade, já que os membros da SER são especialistas em reparo e recuperação de áreas ecologicamente sensíveis de ecossistemas degradados”.

Segundo Felipe Tieppo, especialista em Programas Socioambientais da Fundação Renova, trata-se de uma chance de mostrar a instituições pioneiras na restauração florestal, universidades e ONGs de todo o mundo o trabalho da Fundação. “Vamos projetar nossa atuação na bacia do rio Doce, que já vem rendendo bons resultados, e mostrar que desenvolvemos um trabalho sério, com um compromisso social grande e que de certa forma é pioneiro para a área, com a participação social na restauração florestal”, destaca.

Também haverá a oportunidade de conhecer iniciativas de outros lugares do mundo e trazer novas tecnologias ao trabalho desenvolvido, o que permite aprimorar o processo de reparação da bacia do rio Doce. “Os novos conhecimentos e a possibilidade de expansão das nossas atividades são os principais retornos esperados”, diz Tieppo.

Recuperação de 40 mil hectares em dez anos

Um dos objetivos da Fundação Renova é recuperar 40 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Áreas de Recarga Hídrica ao longo da bacia do Rio Doce em dez anos. Para definir as áreas prioritárias do processo de recuperação, o programa contou com a parceria de professores, pesquisadores, mestrandos e doutorandos da UFMG e da UFV.

Uma das premissas básicas da construção do modelo foi a participação social no processo. Para tanto, 362 pessoas compareceram a oficinas que discutiram a seleção das áreas prioritárias para a recuperação da bacia do rio Doce.

Os encontros aconteceram nas cidades de Governador Valadares, Caratinga, Aimorés e Mariana, em Minas Gerais; e Colatina, no Espírito Santo. Representantes de instituições ambientais, universidades, poder público e comunidades das regiões atingidas opinaram sobre as ações já desenvolvidas e ajudaram a construir o método de reparação das áreas degradadas.

Fonte: Fundação Renova
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