Aprender sobre os processos de plantio, cultivo e colheita de alimentos em sua essência a partir de uma experiência prática. Com essa proposta, o Parque Botânico Vale estendeu a realização do projeto Horta Educativa para além dos portões da Vale. A iniciativa faz parte das ações desenvolvidas pelo Parque para alunos da Educação Infantil da Grande Vitória e foi compartilhada com a Associação de Vivência Shalom, instituição localizada em Central Carapina, em Serra, e que atende 90 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social com idades entre seis e 14 anos.

O objetivo é envolver os pequenos no plantio, cultivo e colheita dos alimentos, que poderão ser aproveitados no preparo das refeições dos pequenos. A preparação da horta do Shalom, seguida do plantio das primeiras mudas de diferentes hortaliças, já teve início e em sua primeira atividade, já foram plantadas espécies como salsa, cebolinha, couve e manjericão. A partir de agora, o cuidado com as hortaliças ficará a cargo das crianças, com o devido acompanhamento da assistente social do projeto.

"O objetivo da Horta Educativa é inovar, ampliar e consolidar as ações de educação ambiental já desenvolvidas pelo Parque Botânico Vale para o público infantil da faixa etária de 2 a 5 anos", explica Vitor Maciel, supervisor do Parque Botânico Vale. Além dos benefícios à saúde das crianças, a iniciativa se mostra como um importante recurso pedagógico, já que o cotidiano da horta pode ser utilizado, por exemplo, como parte das aulas de Ciências, Matemática e Geografia. As atividades do projeto também têm foco em conceitos importantes, como reutilização de alimentos, conservação do solo e alimentação saudável, este último que pode ser aplicado, inclusive, no cardápio da merenda escolar.

"Eu pretendo mostrar para as crianças a importância das plantas, as possibilidades de utilizá-las de forma medicinal e, também como condimentos, além de ressaltar o valor de se preservar aa natureza. É muito importante ter este vínculo com a terra, pois assim as crianças irão aprender a valorizar os produtos da terra. Por meio da experiência que terão com um espaço pequeno, elas terão a dimensão de cultivar algo grande", declara Maria da Penha Oliveira Peres, que é terapeuta ocupacional no Shalom e especialista em fitoterapia.