Em reunião realizada no início de setembro, integrantes da equipe do Programa de Monitoramento e Proteção das Antas da Mata Atlântica Capixaba – Pró-Tapir apresentaram a representantes da Fibria os resultados alcançados pelo projeto nos últimos três anos, na Reserva Particular do Patrimônio Natural Recanto das Antas (RPPN). A Recanto das Antas fica em propriedade da empresa, no município de Linhares, e é uma das cinco áreas naturais protegidas no Espírito Santo, onde o Programa atua.
O Pró-Tapir é uma iniciativa do Instituto Marcos Daniel em parceria com a Fibria, cujo objetivo é monitorar as populações de antas e propor alternativas que propiciem a sua preservação. Na RPPN Recanto das Antas, desde que o programa foi iniciado, estudantes e profissionais vêm sendo capacitados para atuar em pesquisas na área de genética, saúde e ecologia de grandes mamíferos.
Até o momento, essa capacitação resultou em seis resumos apresentados em diferentes eventos científicos, dois projetos de iniciação científica, quatro trabalhos de conclusão de curso, três dissertações de mestrado, um projeto de pós-doutorado e uma publicação científica. “A partir dos resultados alcançados, foi possível apresentar recomendações ambientais que visam integrar o manejo florestal com a conservação das antas, minimizando ainda mais os impactos à espécie”, destacou a bióloga Andressa Gatti, coordenadora do Pró-Tapir.
Andressa acrescentou que os estudos também apontaram uma lista de espécies vegetais que são consumidas pelas antas e que podem ser utilizadas em programas de restauração florestal da Fibria, a fim de criar condições para que a espécie continue a frequentar a área. “Com os estudos realizados, é possível planejar mais efetivamente ações de conservação e manejo para a espécieno Espírito Santo, a médio e longo prazo”, observou a coordenadora do Pró-Tapir.
Nas áreas estudadas, as antas já foram identificadas em diferentes ambientes, inclusive em meio aos plantios de eucalipto localizados nas proximidades da RPPN Recanto das Antas. Esses resultados atestam que a Fibria conduz o manejo de seus plantios de forma a conciliar a produção de madeira com a conservação da biodiversidade, segundo observou a consultora de gestão ambiental da empresa, Ana Paula Pulito.