A Fundação Renova informa que as obras de rebaixamento do canal para aumentar a vazão da água acumulada da lagoa Juparanã para o rio Pequeno devem ser concluídas esta semana. A expectativa é que, com essa medida, a vazão alcance 100 m³ por segundo e o nível da Juparanã fique entre 6,5m a 7,5m quando começar o novo período chuvoso. A abertura do canal se dará de forma segura e gradativa.
Ainda estão sendo realizadas obras para reforçar as proteções das encostas e da ponte que cruza o rio Pequeno para segurança dessas estruturas. O barramento também está sendo reforçado e foi implantado um sistema de monitoramento do nível do rio Doce, da lagoa Juparanã e do rio Pequeno.
Como medida de prevenção, em parceria com a Defesa Civil de Linhares, está em andamento a realocação das famílias que moram à margem do rio Pequeno.
Entenda a situação
O barramento provisório no rio Pequeno, em Linhares, foi erguido emergencialmente para proteger a lagoa Juparanã da passagem do rejeito que desceu pelo rio Doce, em 2015. Apesar de temporário, o barramento permaneceu instalado por força de seguidas determinações judiciais, o que vem agravando a ocorrência de alagamentos, já habituais na região.
Diante disso, a Fundação Renova reforçou o monitoramento e os alertas às autoridades sobre os riscos apresentados, e está trabalhando em ações de curto e médio prazos para solucionar a situação.
Medidas extras
Entre janeiro e junho de 2018, uma balsa passou pelos 10 km de extensão do rio Pequeno para recolher a vegetação aquática, que cresceu excessivamente em função do acúmulo de matéria orgânica e esgoto, e os peixes mortos devido à falta de oxigênio.
Os peixes vivos foram resgatados e aeradores foram instalados para melhorar a oxigenação da água. Uma bomba que faz a drenagem sanitária de 670 litros por segundo é mantida em funcionamento 24 horas por dia.
O barramento também será reforçado e as margens serão protegidas até a ponte. Além disso, já foi instalado um sistema de monitoramento para controlar a vazão e o nível do rio Doce, da lagoa Juparanã e do rio Pequeno.
Remoção de famílias
Entre as ações previstas, está a elaboração conjunta de um plano de contingência. No documento, será prevista, caso necessária, a remoção temporária de 47 famílias que vivem na margem esquerda do rio Pequeno, o que depende de avaliação da Defesa Civil. A realocação é uma medida de precaução máxima para que essas pessoas fiquem em segurança durante as obras e até o fim do período chuvoso, previsto para março de 2019.
As famílias serão comunicadas, orientadas e acolhidas em todas as suas necessidades e demandas, e poderão escolher onde será a moradia provisória. A Fundação vai trabalhar para garantir que a rotina das pessoas seja preservada ao máximo possível.
Também será feita uma vistoria cautelar para identificar a condição atual das residências.