O especialista em inovação e transformação digital palestrou no primeiro dia do Meeting de Líderes 2025, na última sexta-feira (29)
O futuro já chegou para as empresas. Das pequenas às grandes, o uso de ferramentas digitais é uma realidade e um caminho sem volta. De olho nessas tendências, o especialista em inovação e transformação digital, Walter Longo, que palestrou no primeiro dia do Meeting de Líderes 2025, na última sexta-feira (29), apresentou um olhar para o que está por vir dividido em quatro pontos de atenção para o futuro das empresas.
O encontro é realizado anualmente pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e pelo Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), em Pedra Azul, Domingos Martins. Neste ano, o tradicional encontro de empresários e lideranças capixabas teve como patrocinadores Arcelor, Samarco, Sebrae, Sicoob, Suzano e Vale.
Walter Longo explicou que vivemos em um momento em que as empresas apresentam margens decrescentes e complexidades crescentes. Somado a isso, a sociedade vem adotando novos comportamentos de consumo vivendo na “era da efemeridade, com relações fugazes e perda de fidelidade”, impactando tanto colaboradores quanto clientes.
Para o especialista, nesse momento é preciso desenvolver uma alma digital na empresa e ir muito além de usar ferramentas digitais para se adaptar a essa mudança. Ou seja, para além de investir e usar tecnologias é preciso que a empresa se integre ao meio digital. “Investir em tecnologia é condição essencial, mas não é suficiente!”, apontou.
Ainda de acordo com o especialista, a análise preditiva, impulsionada por algoritmos e inteligência artificial, está revolucionando o mercado que conhecemos. Para ele, o cruzamento de dados permite que análises, antes inexistentes, sejam realizadas de forma rápida e facilitada, impactando desde a logística até a relação com os clientes. “Análise preditiva é o futuro de qualquer negócio e está na nossa mão termos uma interação individualizada com os nossos clientes.”
Conheça os quatro pontos de atenção para o futuro das empresas
1 - Precisamos ir muito além das ferramentas digitais (sites, seguidores, ecommerce, etc.)
Nesse momento é preciso desenvolver uma alma digital na empresa, e isso é ir muito além de usar ferramentas digitais. Investir em tecnologia é condição essencial, mas não é suficiente.
Temos que entender que mudança é o único estado permanente.
Devemos focar nas tendências porque lá está o futuro. E precisamos resolver as pendências sem perder a essência.
2 - O Big Data e a gestão de dados vão liderar as relações
Para gerir uma empresa daqui para a frente será preciso o uso de Big Data.
O uso do Big Data para conhecer e se relacionar com o cliente é fundamental em qualquer estratégia para o futuro.
O mundo está exigindo cada vez mais celeridade na entrega do produto, flexibilidade de processos e individualidade de contato.
Não adianta ter um banco de dados, mas sim um banco de fatos cruzados com dados.
3 - Precisamos aprender a operar na era da efemeridade
Toda essa visão fugaz da realidade tem afetado muito o comportamento das novas gerações, que passaram a não ter mais o comportamento de compromisso.
A efemeridade mudou todas as premissas de relação com o mercado. E a gratificação instantânea está exigindo um novo tipo de relacionamento com os nossos clientes.
Velocidade de entrega está se tornando tão importante quanto preço.
As três dimensões da IA são: tomar decisão cada vez melhor baseado em dados; ter mais eficiência na produção e redução de custos; melhorar a experiência aprimorada do cliente.
Toda nova tecnologia sempre foi adotada primeiro pelas grandes empresas e pessoas mais jovens. Já a IA, é a primeira que está sendo adotada primeiro pelas empresas menores e pelas pessoas mais velhas.
Estamos vendo uma migração cognitiva que vai ter grandes repercussões no mercado de trabalho.
Nós não estamos mais em tempo de mudança, mas sim em mudança de tempo.
Os principais impactos da IA são: aumentar a produtividade e reduzir erros e falhas.
4 - Individualizar relações: a IA já está entre nós e muda tudo de novo
Em tempo de rede social, qualquer um pode definir antecipadamente o ciclo de motivação social do seu cliente.
Tudo o que não puder ser digitalizado vai ter mais valor. Os fatores humanos farão a diferença daqui para a frente.
A nova qualidade não é saber trabalhar em equipe, mas sim trabalhar em rede.
O futuro da inteligência não será artificial, será expandida e integral.