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Publicado: 15/09/2025 16:14h

COP30: Desafios e oportunidades para o Brasil e o clima

COP30: Desafios e oportunidades para o Brasil e o clima

Faltam 60 dias para a COP30. E o país já está no centro das atenções e das expectativas por soluções sustentáveis.

O Brasil será palco da 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece de 10 a 21 de novembro, em Belém-PA. O encontro vai reunir líderes globais, especialistas e sociedade civil para discutir soluções diante da crise climática.

Com a contagem regressiva para a conferência, o país chega pressionado a avançar em quatro frentes centrais: combate ao desmatamento, aceleração da transição energética, concretização do financiamento climático e garantia da justiça climática.

Segundo a diretora-executiva do Instituto Ideias, Luana Romero, esses pontos revelam uma contradição: "O Brasil tem o privilégio de abrigar a maior floresta tropical do planeta e contar com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. No entanto, ainda enfrentamos taxas preocupantes de desmatamento e um crescimento significativo no uso de combustíveis fósseis. A COP30 será a oportunidade de mostrar ao mundo que podemos transformar essas potencialidades em resultados concretos, conciliando desenvolvimento com preservação."

De acordo com o Observatório do Clima, o Brasil ainda precisa reduzir o desmatamento ilegal na Amazônia, que responde por mais de 50% das emissões nacionais de gases de efeito estufa. No campo da transição energética, embora a matriz seja considerada limpa, o consumo de combustíveis fósseis vem crescendo, sobretudo no setor de transportes.

Outro ponto sensível é o financiamento climático. A ONU estima que os países em desenvolvimento precisarão de US$ 2,4 trilhões por ano até 2030 para cumprir suas metas, mas os recursos prometidos pelas nações ricas ainda não se concretizaram. Para Luana, “não basta anunciar números em conferências. É preciso garantir que o financiamento chegue a quem realmente precisa e seja aplicado em soluções de impacto, especialmente em territórios mais vulneráveis.”

A justiça climática, por sua vez, coloca no centro do debate povos indígenas, comunidades tradicionais e populações em situação de pobreza. “Esses grupos não podem ser apenas vítimas da crise climática, mas protagonistas na construção de respostas. O mundo precisa olhar para eles não como problema, mas como parte essencial da solução”, afirma a diretora do Ideias.

Luana conclui lembrando que a expectativa internacional sobre o Brasil é alta: “A COP30 será um teste de coerência e de capacidade de execução. Precisamos mostrar que conseguimos transformar compromissos em resultados concretos, deixando um legado real para a Amazônia, para o Brasil e para o planeta.”


Fonte: Assessoria de Imprensa do Instituto Ideias
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