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Publicado: 13/09/2017 18:48h

Chegou a hora do ES inovar

Chegou a hora do ES inovar

A inovação há algum tempo já se tornou o mantra do mundo dos negócios. As grandes corporações nacionais e mundiais estão se adaptando ao cenário das startups para procurar aprender a nova lógica do desenvolvimento dos negócios.

Em uma economia de base industrial como a capixaba, a inovação se faz ainda mais urgente para que nosso estado acompanhe e, de preferência, lidere as transformações que acontecerão no país e no mundo nos próximos anos.

Mas para que a transformação aconteça, não basta querer inovar e colocar a inovação como um dos valores corporativos das empresas. É preciso que os ambientes interno e externo das organizações sejam favoráveis para que a inovação floresça.

Do ponto de vista interno, a grande transformação vem acontecendo na aprendizagem organizacional direcionada a novas metodologias e ferramentas de cocriação, além dos processos corporativos de aceleração de startups, em que as empresas financiam as startups com o objetivo de aprender sobre os novos modelos de negócio e também passam sua experiência para os jovens empreendedores.

Do ponto de vista externo, para a inovação se tornar um ativo importante para economia, é necessário que muitas organizações e empreendedores inovem juntos, aprendendo uns com os outros. É aí que entra a importância do desenvolvimento dos ecossistemas de inovação. Trata-se do conjunto de atores que habitam uma mesma região e que interagem entre si, criando uma relação de aprendizado mútuo.

Segundo o relatório UP Global, os cinco pilares para a construção de um ecossistema de inovação são: talento, densidade, cultura empreendedora, capital e ambiente regulatório. Para erguermos todos esses pilares e construirmos um ecossistema de inovação forte para o Espírito Santo, precisaremos de todos os atores juntos: empresas, poder público, academia, startups e empreendedores.

Dessa forma, conseguiremos alcançar a notoriedade que outros ecossistemas de inovação alcançaram. Belo Horizonte, Florianópolis e Recife conseguiram fazer frente ao eixo Rio-São Paulo e estão se tornando atrativos para startups e grandes empresas que estão criando suas bases nesses locais.

Esforços como o Parque Tecnológicos são necessários para construirmos nosso ecossistema de inovação. Mas para que a transformação aconteça, a iniciativa privada deve ser a sua grande impulsionadora, direcionando os investimentos para projetos inovadores que criem novos produtos, serviços e modelos de negócio, gerando empregos, renda e despertando a vontade dos jovens capixabas empreenderem para colocar nosso estado no mapa da inovação do Brasil.

Fábio Brasileiro, vice-presidente institucional da Findes em Vitória


Fonte: Artigo publicado no Jornal A Gazeta no dia 13 de setembro
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