Entre janeiro e maio deste ano, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES) registrou um aumento de 16.673,3% em atendimentos a potenciais empreendedores, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2019, foram registrados, no período, apenas 15 atendimentos a esse público, enquanto este ano o número já chegou a 2.516 mil.
Além dos pequenos negócios, o Sebrae atende também a esse público específico, com o objetivo de contribuir para despertar o espírito empreendedor e desenvolver capacidades empreendedoras. “Potenciais empreendedores são pessoas físicas que ainda não possuem uma empresa e nem estão efetivamente envolvidas na sua estruturação no momento em que buscam a instituição. Elas nos procuram com alguma ideia, mas ainda não atuam efetivamente no negócio, nem mesmo de maneira informal”, explica o superintendente do Sebrae/ES, Pedro Rigo.
Segundo Rigo, esse aumento na procura de potenciais empreendedores à instituição pode ser entendido como um reflexo da crise econômica causada pelo novo coronavírus no mercado. “O desemprego e a incerteza financeira têm levado as pessoas a buscarem no empreendedorismo alternativa para alcançar o sustento da família”, conta.
Para suprir todas as demandas, respeitando a necessidade de isolamento social provocada pela pandemia, o Sebrae criou novos
canais de atendimento. Além da central de atendimento telefônico, do chat Fale com o Especialista e do Portal, a instituição passou a contar com dois canais de WhatsApp e novas funcionalidades da loja online – como eventos, vídeos, oficinas via WhatsApp e vídeo-aulas, além do portal
Por Onde Começar.
“ Implementamos uma diversidade de soluções para apoiar o cidadão capixaba que precisa de uma alternativa de renda frente ao desemprego ou àqueles que já possuem uma empresa, mas precisam prepará-la para enfrentar os desafios deste momento que estamos vivenciando”, explicou o superintendente.
Uma das jovens que recorreu ao Sebrae em busca de informações para enfrentar o momento de crise foi Rayza Rossi, de 25 anos. Desempregada por conta da pandemia, Rayza juntou-se a uma amiga na mesma situação para buscarem, juntas, soluções capazes de garantir uma renda mensal.
“ Procurei o Sebrae para estudar a possibilidade de gerir um empreendimento. Busquei informações sobre o microempreendedor individual, MEI, e sobre plano de negócios. Minha ideia é trabalhar com a revenda de roupas”, conta Rayza, que pretende tirar o sustento do próprio negócio.
Francieli Duarte, 29, trabalha no setor de mármore e granito, mas com a recente queda das vendas, relata que está em busca de alternativas caso a situação do segmento se agrave. “Entrei em contato com o Sebrae para a estruturação de um plano de negócios. Ainda não há nada definido, mas caso eu mude mesmo de ramo, planejo abrir uma confeitaria ou padaria. Considero um excelente mercado e, em meio a essa pandemia, pensamos em um novo meio de produção, dentro dos parâmetros estabelecidos. Estamos nos reinventando em tempos difíceis”, destaca.
Texto: Karla Monteiro
Serviço:
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