A Vale apresentou um forte desempenho operacional no 3T14, com a produção de minério de ferro alcançando 85,7 Mt - o melhor desempenho da história da Vale em um trimestre - e com a produção de Carajás atingindo 32,2 Mt, um novo recorde absoluto, devido aos ramp-ups bem-sucedidos da Planta 2 e de Serra Leste.
Diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, comenta os resultados do 2T14
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As receitas no 3T14 somaram US$ 9,249 bilhões, representando uma queda de US$ 830 milhões em relação ao 2T14. As receitas foram impactadas negativamente pelo menor preço de commodities (-US$ 1,351 bilhão) e positivamente pelos maiores volumes de venda (US$ 521 milhões). Os benefícios deste recorde de produção de minério de ferro não foram totalmente capturados devido ao acúmulo de 9,3 Mt em estoques ao longo da cadeia, parcialmente em consequência da interrupção da ferrovia de Carajás (Estrada de Ferro Carajás, EFC) em setembro. Uma parte dos estoques estrategicamente acumulados no 3T14 foram vendidos em condições comerciais mais favoráveis durante o trimestre atual.
No 3T14, a Vale apresentou um EBITDA ajustado de US$ 3,004 bilhões, com US$ 781 milhões - 26% do EBITDA da Vale no 3T14 - provenientes do segmento de metais básicos, em função do recorde de produção de cobre, bem como a melhor produção de níquel para um terceiro trimestre desde 3T08. Nos primeiros nove meses de 2014 (9M14) a Vale reduziu seus custos e despesas em US$ 520 milhões, comparado aos 9M13, com economia de US$ 271 milhões no 3T14 em relação ao 3T13.
Comparando os 9M14 com os 9M13, temos o seguinte resultado: despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) caíram US$ 192 milhões (23,4%); gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) diminuíram US$ 30 milhões (5,7%); e despesas pré-operacionais e de parada foram reduzidas em US$ 557 milhões (46,2%). Nos 9M14, os investimentos da Vale totalizaram US$ 8,232 bilhões, representando uma queda de US$ 2,161 bilhões em relação aos 9M13.
Os investimentos em execução de projetos totalizaram US$ 5,641 bilhões, representando um decréscimo de US$ 1,560 bilhão, ao mesmo tempo em que o capex de manutenção totalizou US$ 2,591 bilhões, apresentando um decréscimo de US$ 600 milhões nos 9M14 em relação aos 9M13. O prejuízo líquido foi de US$ 1,437 bilhão contra um um lucro líquido de US$ 1,428 bilhão no trimestre passado, refletindo principalmente o impacto não caixa de variações cambiais e perdas monetárias em dívidas e derivativos de US$ 2,683 bilhões devido à depreciação do real frente ao dólar americano.
A Vale manteve um balanço saudável, com baixa alavancagem, ampla cobertura de juros, longo período de maturidade e baixo custo de dívida. A dívida líquida diminuiu em US$ 2,156 bilhões desde 30 de junho de 2014, alcançando US$ 21,034 bilhões. Em 30 de setembro de 2014, a dívida total da Vale foi de US$ 29,366 bilhões com posição de caixa de US$ 8,332 bilhões, suportado pelo recebimento de R$ 2 bilhões em recursos de caixa no 3T14 pela venda de 26,5% de participação na VLI para Brookfield. A segunda parcela dos dividendos em 2014, no valor de US$ 2,1 bilhões, será paga em 31 de outubro de 2014. Robusta performance operacional apesar da queda nos preços de commodities no segmento de minerais ferrosos .
O EBITDA ajustado de minério de ferro no 3T14 foi de US$ 1,528 bilhão, representando uma diminuição de US$ 1,151 bilhão dos US$ 2,679 bilhões registrados no 2T14, principalmente devido à redução de US$ 1,031 bilhão nos preços de venda.
A produção de minério de ferro alcançou um recorde de 85,7 Mt no 3T14, principalmente devido aos ramp-ups da Planta 2 e de Conceição Itabiritos, enquanto o minério de ferro comprado de terceiros alcançou 2,9 Mt.
O volume de vendas de minério de ferro e pelotas foi de 78,1 Mt no 3T14, ficando 1,5% maior do que no 2T14; . Os estoques de minério de ferro cresceram 9,3 Mt no trimestre, parcialmente como resultado da interdição da ferrovia de Carajás (Estrada de Ferro Carajás, EFC).
O preço médio realizado de finos de minério de ferro (ex-ROM) caiu para US$ 68/wmt, impactado negativamente por um ajuste de US$ 1,4/t em preços provisionados no final do 2T14 e por um delta de US$ 3,8/t entre os US$ 77,8/t provisionalmente precificados para 30,7% das vendas no final do 3T14 e a média do Platt's IODEX 62% CFR China de US$ 90,2/dmt.
Os custos operacionais aumentaram para US$ 24,7/t contra US$ 23,2/t no trimestre passado, principalmente devido aos custos não recorrentes com manutenção em preparação para o aumento de produção e ao pagamento de faturas pendentes em razão do start-up do sistema de ERP.
A taxa de câmbio média no trimestre foi de R$ 2,27 / US$, apesar de uma taxa de câmbio no final do 3T14 de R$ 2,45 / US$. Os benefícios no custo de um BRL mais depreciado serão capturados no trimestre seguinte, caso a taxa de câmbio se estabilize nos níveis do final do 3T14. Colhendo os frutos do segmento de metais básicos.
O EBITDA ajustado alcançou US$ 781 milhões no 3T14, totalizando US$ 1,939 bilhão nos 9M14.
A produção de níquel alcançou 72.100 t no 3T14, ficando 16,9% acima do 2T14.
A produção de cobre chegou ao nível recorde de 104.800 t, ficando 29,3% e 10,8% acima do 2T14 e 3T13, respectivamente.
A receita de vendas totalizou US$ 2,129 bilhões, ficando 12,7% acima do 2T14 devido a melhores preços e volume de venda.
Os custos foram reduzidos em US$ 103 milhões e as despesas[8] em US$ 334 milhões nos 9M14, representando uma redução de custos e despesas de US$ 437 milhões em relação aos 9M13. Construindo as bases para lucratividade futura dos segmentos de carvão e fertilizantes.
A mina de Isaac Plains foi colocada em care and maintenance devido à sua não viabilidade econômica nos níveis de preço esperados no curto e médio prazo.
Moatize II alcançou 70% de progresso físico no 3T14 com investimento de capital no valor de US$ 179 milhões no trimestre.
As seções greenfield do Corredor Nacala alcançaram 92% de progresso físico enquanto o Porto de Nacala atingiu 85% de progresso físico.
EBITDA ajustado para o segmento de fertilizantes aumentou para US$ 96 milhões no 3T14 comparado a US$ 72 milhões no 2T14. Alcançou-se um EBITDA ajustado de US$ 203 milhões nos 9M14 contra US$ 51 milhões nos 9M13. Permanecemos focados na geração de fluxo de caixa, continuando a explorar oportunidades de desinvestimento e reforçando iniciativas que visem à redução de custos e capex para corroborar o fluxo de caixa livre.
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