A meta da empresa é atingir 40 mil hectares até 2025 nos cinco estados onde atua: ES, BA, MG, SP e MS. Além do benefício ambiental, a atividade gera emprego e renda.
Uma iniciativa desenvolvida pela Fibria vem contribuindo para ampliar a cobertura florestal nos estados em que atua. A empresa desenvolve, desde 2010, um dos maiores programas de Restauração Ambiental conduzidos pelo setor privado no Brasil. Nos últimos sete anos, foi realizada a implantação de mais de 20 mil hectares de áreas de restauração, alcançando 56% da meta da empresa, que é de 40 mil hectares até 2025.
Para o gerente de Meio Ambiente Florestal da Fibria, João Augusti, os bons resultados mostram o compromisso da empresa com a conservação da Mata Atlântica e do Cerrado. “Conseguimos superar a meta de restauração em 2016, com 2.808 hectares implantados em 49 municípios de cinco estados brasileiros. Além disso, o programa é um laboratório a céu aberto em função das diferentes metodologias adotadas e ambientes trabalhados”, afirmou.
O Programa de Restauração Ambiental consiste na utilização de técnicas como o plantio de mudas de espécies nativas, condução da regeneração natural e controle de espécies exóticas e invasoras.
A restauração traz inúmeros benefícios ambientais, sociais e econômicos. Dentre os serviços ambientais destaca-se o controle da erosão, o controle da proliferação de pragas e doenças, a regulação da disponibilidade de água e do microclima regional, a melhoria da qualidade do ar, ganhos de biodiversidade e outros benefícios para a sociedade.
Ao lado do viés ambiental, a restauração contribui com a geração de renda e oportunidades. São cerca de 500 empregos diretos e indiretos relacionados às atividades desenvolvidas no programa da empresa, o que inclui trabalho de campo, escritório, viveiros de mudas nativas e outros fornecedores. O trabalho também ajuda a fortalecer a economia regional, por meio da aquisição de mudas e insumos (adubo, herbicida, equipamentos e outros), capacitação de prestadores de serviços e equipes de monitoramento.
"A Fibria vem aperfeiçoando essa cadeia produtiva para, junto aos desafios dos governos e proprietários rurais, atender aos desafios do atendimento do novo Código Florestal e da meta da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que prevê medidas como a redução das emissões dos gases de efeito estufa e o sequestro e estoque de carbono", complementa João Augusti.
Seca no Espírito Santo
No Espírito Santo, foi priorizada em 2016 a metodologia da condução da regeneração natural e o volume de plantios de nativas foi menor que o previsto. Segundo a analista de Meio Ambiente Florestal da Fibria, Tathiane Sarcinelli, isso se deu em função da seca prolongada na região da Unidade Aracruz (ES, BA e MG) nos últimos dois anos.
“O alcance da meta de restauração foi possível graças ao mapeamento e à classificação das áreas que precisam ser restauradas com o uso de uma tecnologia óptica de detecção remota denominada LIDAR (Light Detection and Ranging, que significa Sistema de Varredura a Laser, em português). Com isso, pudemos inserir no Programa de Restauração do ano mais áreas com alto potencial de regeneração, onde não há necessidade de atividades de plantio de nativas”, explica Tathiane.
A Fibria mantém acordos com universidades, agências governamentais (BNDES), clientes e ONGs, como a The Nature Conservancy (TNC), buscando sempre o aperfeiçoamento dos métodos de restauração e alternativas para otimização dos recursos.