- O lucro líquido foi de R$ 329 milhões, contra um prejuízo de R$ 92 milhões no quarto trimestre de 2016;
- A margem Ebitda alcançou a marca de 37%, frente aos 36% do trimestre anterior;
- Vendas de 1,307 milhão de toneladas, 15% acima do volume vendido no mesmo trimestre do ano anterior;
- Fluxo de Caixa livre de R$ 426 milhões, 25% acima do trimestre anterior. A posição de caixa de R$ 6,720 bilhões mais R$ 1,737 bilhão de linhas compromissadas resultaram em uma posição de liquidez de R$ 8,457 bilhões, que adicionada às linhas ainda não sacadas de financiamento do projeto H2 proporcionam à Companhia risco zero de refinanciamento até 2019;
- O Projeto Horizonte 2 manteve evolução física e financeira melhor que o originalmente previsto, fechando o primeiro trimestre com mais de 87% de execução física e 61% de realização financeira e permitindo à Companhia anunciar a antecipação do início das operações da nova planta de outubro para setembro deste ano.
A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, registrou lucro de R$ 329 milhões no primeiro trimestre de 2017, contra um prejuízo de R$ 92 milhões no 4T16 e lucro de R$ 978 milhões no 1T16. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado foi de R$ 644 milhões, representando uma margem de 37% frente os 36% dos últimos três meses do ano passado. Em relação ao quarto trimestre, o Ebitda ajustado registrou uma queda de 20%, explicada pela sazonalidade do volume de vendas e pela desvalorização do dólar médio frente ao real.
“Estamos vivenciando um ambiente mais favorável para o mercado de celulose neste início de ano. O aumento da demanda por celulose de fibra curta para a Ásia foi de 21% nos dois primeiros meses deste ano, segundo dados de março divulgados pelo PPPC. Esses fundamentos positivos criaram um ambiente favorável para os aumentos de preços que anunciamos neste início de ano”, afirma Marcelo Castelli, presidente da Fibria.
A Companhia anunciou para janeiro novos aumentos de US$ 20 por tonelada para Europa, América do Norte e Ásia. Para entrar em vigor em fevereiro, houve outro aumento de US$ 30 por tonelada para todas as regiões (Europa, Ásia e América do Norte) e de US$ 20 novamente para essas localidades, passando a valer em março. Houve mais um aumento de US$ 40 por tonelada para Europa e América do Norte e de US$ 20 para a Ásia, válido a partir do início deste mês. E, por fim, mais recentemente, um novo reajuste, que passa a valer a partir de 1º de maio, de US$ 40 para Europa e América do Norte e US$ 20 para Ásia.
A demanda por celulose de fibra curta na China continua crescendo de forma consistente. O aumento da demanda na China entre o último trimestre de 2016 e o começo deste ano é um acontecimento incomum, já que o primeiro trimestre na China tem menos dias úteis, devido aos feriados do ano novo chinês e à menor quantidade de dias no mês de fevereiro deste ano na comparação com o ano anterior. O volume de vendas da Companhia no 1T17 foi 15% acima das vendas do mesmo período na comparação anual, incluindo os volumes provenientes do contrato com a Klabin.
A receita líquida da Fibria totalizou R$ 2,074 bilhões no primeiro trimestre, redução de 18% em relação ao quarto trimestre de 2016, devido à queda de 18% do volume vendido, dada a sazonalidade típica de mercado e à necessidade de recomposição de estoques mínimos. Em relação ao primeiro trimestre de 2016, a redução de 13% é justificada pela desvalorização de 19% do câmbio médio e pela queda do preço em dólar, compensado pelo aumento de 15% no volume vendido.
A geração de fluxo de caixa livre da Companhia antes dos investimentos no projeto Horizonte 2 (que constrói a segunda linha de produção na unidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul), dos projetos logísticos de celulose e do pagamento de dividendos foi de R$ 426 milhões, em comparação ao resultado positivo de R$ 342 milhões no quarto trimestre de 2016 e de R$ 730 milhões ante o mesmo período do ano passado.
A Fibria encerrou o trimestre com posição de caixa de R$ 6,963 bilhões, bem superior aos R$ 4,717 bilhões do quarto trimestre de 2016. A empresa possui quatro linhas de crédito rotativo no valor total de R$ 1,737 bilhão. “Estes recursos, apesar de não utilizados, contribuem para melhorar as condições de liquidez da empresa. Desta forma, o atual caixa e mais essas linhas totalizam uma posição de liquidez imediata de R$ 8,457 bilhões, que quando somadas às linhas contratadas de financiamento do projeto Horizonte 2 a serem sacadas, representam uma condição financeira suficiente para cobrir todo o investimento restante do projeto Horizonte 2 e as amortizações da dívida da Companhia até 2019, ou seja, o risco de refinanciamento neste período é zero, mesmo sem levar em conta a geração de caixa livre do período. Esta robustez financeira permite à Companhia somente acessar o mercado quando quiser, caso existam janelas interessantes para captações”, aponta Guilherme Cavalcanti, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Fibria.
Projeto Horizonte 2
O primeiro trimestre de 2017 terminou com o andamento do Projeto Horizonte 2 acima do previsto, superando os 87% de execução física e 61% de execução financeira. A excelente evolução do projeto permitiu à empresa anunciar recentemente a antecipação do início das operações da nova planta industrial do quarto trimestre para o mês de setembro, ainda no terceiro trimestre deste ano. O investimento total do projeto manteve-se em R$ 7,5 bilhões.
Na área florestal, destaca-se o início das operações de colheita de madeira para suprimento da nova planta, o avanço no programa de plantio para formação de florestas e a conclusão das obras do novo viveiro da Unidade Três lagoas que produzirá as mudas de eucalipto para plantios da base florestal referente ao projeto Horizonte 2. Vale comentar que o novo viveiro é uma inovação da Fibria no setor de papel & celulose por ser 100% automatizado, com a aplicação da tecnologia atualmente utilizada na produção de flores na Holanda.
Em relação à logística de celulose, os destaques foram os avanços das obras do Terminal Portuário em Santos, e início das fundações do Terminal Intermodal em Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, além da contratação dos serviços para operações logísticas de escoamento de celulose da nova planta.