Retomada das operações em 2020 resultou na arrecadação de mais de R$ 1,6 bilhão em tributos até junho deste ano
A Samarco completa 45 anos, nesta quarta-feira (24/08), com dados que mostram que a retomada gradual das operações permitiu a continuidade de sua contribuição para o desenvolvimento socioeconômico dos territórios onde atua em Minas Gerais e no Espírito Santo. Desde sua retomada até junho deste ano, a empresa alcançou a produção de cerca de 12 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro. No período foram embarcados cerca de 120 navios.
O resultado possibilitou a geração de mais de R$ 1,6 bilhão de tributos no período, incluindo os impostos gerados por fornecedores em compras para a empresa. Em 2020, a empresa deu início a uma nova jornada, operando com 26% de sua capacidade produtiva, e os investimentos previstos para este ano são da ordem de R$ 1,2 bilhão. Somente em 2021 foram destinados R$ 510 milhões às intervenções de descaracterização da cava e barragem de Germano, que estão em estágio avançado.
O presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, destaca que esses resultados estão sendo alcançados, de forma a gerar valor para a sociedade, a partir da dedicação e envolvimento dos empregados e do apoio das comunidades que recebem a empresa. Vilela reforça ainda que, ao longo dos 45 anos da empresa, a inovação sempre esteve presente.
“A empresa surgiu de um projeto inovador ao agregar valor a um minério de baixo teor por meio do processo de flotação e no transporte via minerodutos, que foi o primeiro do país. Ao retomarmos nossas operações implementamos novas tecnologias e inovamos mais uma vez ao não utilizarmos barragem de rejeitos”, afirma.
Aprendizados
Em 2015 o rompimento da barragem de Fundão marcou a história da empresa e do setor de mineração. “Não temos o direito de errar novamente. Revisitamos e reforçamos nossos valores e princípios como o respeito às pessoas e ao meio ambiente. Afinal, seguimos sempre em busca do nosso propósito que é fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável”, disse Vilela.
Nos últimos anos, o monitoramento de todas as estruturas geotécnicas foi reforçado com a utilização de 1.500 equipamentos, trazendo mais segurança às operações. Também foram feitos investimentos em programas sociais e doações para o combate à pandemia.
Compartilhando valor
A fim de fomentar o desenvolvimento socioeconômico dos territórios onde atua, a empresa lançou o Força Local, um programa para o desenvolvimento dos fornecedores locais. De janeiro a maio deste ano, o programa realizou 17 palestras, workshops e seminários com 680 participantes. Além disso, foram R$ 301,4 milhões em compras contemplando 49 fornecedores locais.
Recentemente foi criado o Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) para fortalecer as ações de promoção da equidade racial, de gênero, da pessoa com deficiência e das pessoas LGBTI+, em prol de um ambiente cada vez mais inclusivo. Os projetos para incentivar ideias inovadoras de empregados (as) também são responsáveis pelo desempenho alcançado.
“Retomamos nossas operações para ir além dos muros da empresa. Assumimos nosso papel social em prol de uma sociedade e uma empresa mais diversa, equânime e inclusiva. Sabemos que temos pela frente um grande desafio, principalmente observando os dados do Brasil, do setor mineral e da nossa empresa, mas juntos podemos mudar este cenário”, pontuou Vilela.
Por meio de parcerias e do conhecimento compartilhado, a empresa tem investido em inovação e novas tecnologias, em conjunto com universidades, associações, startups e outras empresas do setor.
Atualmente a Samarco conta com cerca de 9.000 empregados diretos (sendo cerca de 1.500 próprios e 7.500 terceiros/contratados) adequado para a retomada com 26%).
Práticas sustentáveis
O Relatório de Sustentabilidade 2021, divulgado no último dia 8, mostrou os resultados dessas e outras ações internas e externas promovidas no primeiro ano após a retomada das operações.
Entre os principais destaques do documento, estão os resultados da implantação do sistema de disposição de rejeitos, que garante que 80% dos rejeitos arenosos sejam filtrados para empilhamento a seco. Os 20% restantes (lama) são dispostos em cava e 90% da água extraída é reutilizada.
“O relatório é uma oportunidade de confirmar o nosso compromisso de transparência com a sociedade. Com investimentos em tecnologias inovadoras estamos concretizando nossos projetos, sempre com foco em segurança, e transformação. Além disso, mantemos uma política institucional que nos leva a compartilhar valor com as comunidades e municípios, reconstruindo as nossas relações”, ressaltou o diretor de Projetos e Sustentabilidade, Reuber Koury.
A Samarco
É uma empresa de capital fechado, que iniciou suas operações em 1977, uma joint venture de propriedade da Vale e da BHP. Com sede em Belo Horizonte (MG), é pioneira no Brasil na lavra de minério de ferro de baixo teor e no transporte da polpa por mineroduto, sendo um empreendimento integrado, com duas unidades operacionais: o Complexo de Germano, em Mariana (MG), que contempla as minas e as plantas de beneficiamento de minério de ferro, e o Complexo de Ubu, em Anchieta (ES), onde estão as usinas de pelotização e o terminal portuário. Seu principal produto são as pelotas de minério de ferro, matéria-prima para produção de aço pela indústria siderúrgica.