Plataforma conta com novas funcionalidades e navegação interativa para melhorar o entendimento do processo de recuperação da bacia do rio Doce
O Portal do Monitoramento foi reformulado e, agora, as informações sobre a qualidade da água do rio Doce estão mais didáticas, em uma interface leve e interativa. A proposta é tornar a ferramenta de informação e transparência ainda mais próxima do público. Além dos mais de 1,5 milhão de dados gerados por ano, a plataforma disponibiliza visualização gráfica dos resultados em todos os pontos de monitoramento e de índices de qualidade de água. Clique aqui e conheça o novo Portal do Monitoramento.
Conduzido pela Fundação Renova, por meio do Programa de Monitoramento Quali-quantitativo Sistemático de Água e Sedimento (PMQQS), o Portal fortalece o objetivo do PMQQS de gerar e disponibilizar para o sistema CIF, instituições públicas e privadas e a população em geral, um banco de dados confiável, de qualidade e quantidade de água e sedimentos, com parâmetros físicos, químicos e biológicos.
O novo Portal foi implementado em parceria com os seis órgãos ambientais que acompanham e fiscalizam o PMQQS – veja abaixo. As etapas de desenvolvimento contaram com a participação de uma equipe multidisciplinar. Segundo a coordenadora de Monitoramento da Água, Brígida Maioli, a modernização do Portal foi pensada para ampliar o acesso à informação.“Além da navegação, que estará mais interativa e intuitiva, a forma de apresentar os dados vai facilitar a interpretação para que o cidadão comum, e não só pesquisadores e interessados, consiga acompanhar com clareza os resultados do PMQQS e o trabalho que está sendo executado”, explica.
O que mudou?
A plataforma apresenta melhorias na visualização das informações disponibilizadas em mapas, relatórios, notas técnicas e links para sites relacionados. Novas funcionalidades foram incorporadas à plataforma, como os recursos de Business Intelligence (BI) integrados à ferramenta de geoprocessamento (ArcGis) para melhorar a performance na apresentação de gráficos e tabelas.
A navegação também foi ampliada. Uma das possibilidades será a de pesquisar em gráficos todos os pontos de amostragem do PMQQS, além dos índices de qualidade de água que agrupam um conjunto de parâmetros para facilitar a comunicação da informação.
Como funciona?
A Bacia do rio Doce é hoje uma das mais monitoradas do Brasil. O monitoramento iniciou em 2017 e, atualmente, conta com 82 pontos de monitoramento e 22 estações automáticas, que fornecem informações, em tempo real, distribuídos em 690 km de rios e lagoas, e nos 244 quilômetros ao longo das zonas costeira e estuarina do Espírito Santo.
No Portal do Monitoramento, é possível acompanhar o Monitoramento Convencional, que apresenta os resultados de qualidade de água e sedimentos para os pontos localizados no rio Doce e afluentes, lagoas, estuários e zona costeira. Em Monitoramento Automático são disponibilizados os dados gerados pelas estações automáticas.
A plataforma divulga os dados do PMQQS, que é conduzido pela Fundação Renova sob orientação e supervisão do Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA-PMQQS), formado por seis instituições públicas:
- Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);
- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio);
- Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM);
- Agência Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Agerh);
- Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (IEMA).
PMQQS
O Programa de Monitoramento Quali-quantitativo Sistemático de Água e Sedimento (PMQQS) foi implementado em 31 de julho de 2017 e é um dos programas de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Em julho, o Programa completou cinco anos e é hoje referência nacional.
Representação internacional
O Portal Monitoramento do Rio Doce foi um dos destaques da Esri User Conference 2022, maior conferência internacional sobre Sistemas de Informação Geográfica (GIS), realizada nos Estados Unidos. A ArcGIS foi utilizada na criação da plataforma e a experiência com a ferramenta foi apresentada pela coordenadora de Monitoramento da Água, Brigida Maioli, e o especialista de TI, Flávio Nery, em uma plenária. Os colaboradores explicaram sobre a estrutura do PMQQS e todo o esforço para a criação do Portal.