Um projeto implementado pelas equipes de produção e de engenharias da Samarco, no Complexo de Ubu, em Anchieta, no Espírito Santo, alterou o controle da camada total de pelotas e zerou os registros de emissões atmosféricas causadas pela troca de carros de grelha. O trabalho, realizado desde julho de 2021, vai ao encontro do propósito da empresa de fazer uma mineração diferente e mais sustentável.
Antes da ação, após a troca de carro, particulados da camada de fundo na zona de secagem eram carregados para os precipitadores e as pelotas verdes (cruas antes da queima) que se localizavam próximas ao fluxo prioritário chegavam com excesso de umidade na zona de queima, gerando vapor que saía da chaminé.
A adoção de medidas como ajustes no controle da velocidade da grelha, no comando para tocar a sirene dos equipamentos e no momento de ligar os discos de pelotamento mudou essa realidade, principalmente por induzir maior quantidade de pelotas verdes onde estavam ausentes.
“Temos o benefício da disponibilidade para a produção de mais 10 mil toneladas métricas secas de pelotas por ano, que é uma estimativa para quando estivermos na capacidade máxima da usina. Além disso, essa correção permite um melhor controle do retorno da produção quando paramos o forno para troca de carro grelha”, disse o engenheiro de automação, Thiago de Andrade Machado, destacando os principais resultados.
Carros de grelha
Os carros de grelha fazem parte do processo produtivo da Samarco. Esses equipamentos são utilizados para transportar as pelotas de minério de ferro ao forno de pelotização. As pelotas são colocadas no forno para realização do procedimento que visa aumentar a resistência mecânica das pelotas. O espaço útil dos carros deve ser ocupado ao máximo. Para isso, é realizado monitoramento do nível da camada total de pelotas inseridas. Em média, é realizada a troca de dois carros por dia, para manutenção. O forno da usina 4, de Ubu, conta com cerca de 300 carros de grelha.