Aprovação aconteceu em Brasília; edital sai na próxima semana e licitação da obra até dezembro
Boa notícia para o Espírito Santo: o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, na tarde de ontem (26), o edital de licitação para a construção do Terminal de Granéis Líquidos (TGL) em Capuaba, Vila Velha. “É mais um importante passo para dar fim às constantes crises de abastecimento de combustíveis no estado. Uma vitória”, destacou o presidente da CODESA, Luis Claudio Montenegro. As próximas etapas serão o lançamento do edital na semana que vem e a licitação da obra em até 90 dias, seguido de leilão na Bolsa de Valores de São Paulo.
Serão investidos R$ 120 milhões na construção pela empresa ganhadora da concorrência pública. O TGL vai movimentar produtos como diesel, gasolina, álcool e biodiesel, que serão drenados de navios do novo Cais de Atalaia (em construção), seguindo por dutos até a armazenagem estática (tancagem) com capacidade para 60.000 m³. Sua conclusão e início das operações estão previstas para 2020. A expectativa é que sejam gerados 450 empregos diretos e indiretos durante a implantação, e 300 diretos e indiretos no início das operações.
Combustíveis
Por que o TGL é tão importante para o Espírito Santo?
O TGL vai atender ao mercado de combustíveis regional. Atualmente, a grande maioria das descargas de navios com combustíveis vem ocorrendo através de porto privado, portanto, fora da gestão da CODESA. Para acabar com o transtorno que, vez ou outra, dificulta ainda mais o cotidiano do capixaba, a CODESA buscou no ano passado uma alternativa: propôs ao Governo Federal a construção do TGL em uma área de 75.000 m² que, aprovado pela União, entrou como prioridade no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).
“O mercado de combustíveis pedia há anos uma obra desse porte, e tiramos do papel o projeto para concretizá-lo”, ressalta Montenegro para completar em seguida: “Em seis anos dobraremos a movimentação de combustíveis, com possibilidade de triplicar a oferta para o mercado capixaba a médio prazo. A implantação do terminal vai contornar o problema dos gargalos no abastecimento de combustíveis”.
Para o diretor de Planejamento e Desenvolvimento da CODESA, Walter Arruda, o empreendimento é “um antigo sonho que agora estamos tornando realidade”. E outra boa notícia: “Já fomos procurados por representantes de empresas russas e alemãs, além de executivos brasileiros”, sinaliza.
Após aprovação do GF ainda em 2017, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) abriu, no primeiro semestre deste ano, consulta e audiência pública visando obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento técnico-jurídico de edital e contrato de arrendamento para realização da licitação do terminal. Ao fim desta etapa, iniciava a seguinte: a aprovação do edital por parte do TCU, agora concluída.