O novo Índice Ademi-ES/VivaReal, que traz o comportamento do mercado de imóveis prontos verticais em Vitória e Velha durante o mês de novembro, confirma o interesse dos capixabas por unidades maiores. Desde o lançamento da pesquisa, em maio deste ano, os apartamentos de três quartos aparecem com mais frequência entre os mais buscados nas duas cidades analisadas.
Na capital, eles corresponderam a 56,7% das buscas, superando, inclusive, a oferta de moradias com este padrão, que chegou a 46,2%. O mesmo ocorre com o município canela-verde. Por lá há mais demanda (47,7%) do que oferta (36,9%). Já as unidades de dois dormitórios registram o percentual de 26,5% em Vitória; e 32,4% em Vila Velha. A oferta ficou em 32% e 35,8%, respectivamente.
Na avaliação da diretora da Ademi-ES, Rachel Menezes, essa procura acentuada frente ao aos imóveis de dois quartos tem relação direta com o boom econômico vivido pelo país a partir de 2007, que permitiu que muitos brasileiros adquirissem o primeiro imóvel, beneficiados pela maior oferta de financiamento bancário e crédito. “Dez anos depois, nos deparamos com o mesmo consumidor buscando um imóvel maior, o que mostra ciclos naturais do mercado imobiliário. Temos hoje no Brasil e, naturalmente, no Estado, mais famílias buscando fazer um upgrade no quesito moradia do que há uma década atrás, embora as unidades de 2 quartos ainda permaneçam como um dos produtos mais ofertados pelo setor imobiliário em razão do déficit habitacional existente no pais”.
Já os endereços mais buscados para moradia e aluguel não registraram mudanças. Em Vitória, Jardim Camburi lidera em quase todos os meses, ou seja, desde maio a novembro deste ano, seguido de Jardim da Penha e Praia do Canto. Já em Vila Velha, o bairro da Praia da Costa ocupa o topo da preferência, seguido de Itaparica e Itapuã. No caso da procura por locação, deve-se levar em conta que essa ordem de prioridades registrou algumas oscilações no comparativo mês a mês, mas são os bairros mais buscados nas duas cidades.
Rachel Menezes chama a atenção dos consumidores com relação ao momento oportuno para realizar a compra do imóvel. “Identificamos mais demanda do que oferta no caso dos imóveis de três quartos. Isto significa que os próximos lançamentos devem ter boa procura, sem condições diferenciadas de descontos. Quem tem a possibilidade de decidir pela compra agora, principalmente os que possuem um bom sinal e conseguem evoluir na negociação de um imóvel pronto, vale a pena aproveitar a última leva de imóveis com preços represados.