Com apoio do programa, famílias do campo abandonaram a criação de gado para investir na recuperação do solo e preservação de nascente
O Programa Reflorestar já ajudou centenas de produtores rurais do Espírito Santo a investir na preservação e utilização amigável de recursos naturais, como também na recuperação de áreas degradadas. Em Santa Teresa, a família Gomes realizou, por exemplo, o plantio de 2,5 mil mudas em sua propriedade com os recursos do programa. Entre as espécies estão pupunha, abacateiro e uma variedade de mudas nativas, como ipês, cedro rosa, entre outros.
A produtora Maria Rosalina Bridi Gomes foi a responsável por procurar o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e obter os recursos do Reflorestar para investir no desenvolvimento econômico articulado com a preservação ambiental, incluindo a recuperação de mata nativa da propriedade. Junto ao marido Luiz Carlos Bridi Gomes e a filha Carolinna Bridi Gomes, a produtora implementou duas modalidades apoiadas pelo programa: Sistemas Agroflorestais e Recuperação com Plantio.
“Estamos em um contexto que precisamos ter maior conscientização ambiental, por isso nossa família procurou o Bandes. O Reflorestar foi muito importante para começarmos a recuperação da área da propriedade que, desde a época dos meus avós, foi degradada”, comenta Carolinna Gomes.
Ela conta que a terra da propriedade vinha sendo prejudicada pelo plantio de café e criação de gado. “O solo ficou pobre. Há três anos decidimos abandonar a criação e investir na preservação da nascente com o plantio de espécies nativas da mata atlântica. Para continuarmos obtendo renda, combinamos as espécies florestais com culturas agrícolas”, acrescenta a produtora. Atualmente, a família realiza a transição do abandono do plantio do café para investir em outras plantações.
Conheça o Programa Reflorestar
O Projeto Reflorestar é uma iniciativa do Governo do Estado e tem como principal objetivo manter, recuperar e ampliar a cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural, por meio da adoção de práticas de uso amigável do solo. Além do Bandes, o programa opera a partir de uma parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e com o Instituto de Meio Ambiente (Iema). Assim, criam-se estímulos para os proprietários de terra e agricultores adotarem sistemas produtivos e alternativas econômicas ambientalmente corretas e socialmente justas.
O programa possui as seguintes modalidades de apoio:
- Floresta em Pé: Pagamento por florestas conservadas e elegíveis para essa modalidade, podendo ser reconhecidos para fins de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) até 10 hectares por propriedade rural;
- Regeneração Natural: Aquisição de insumos necessários ao isolamento de uma área para que ocorra a sua recuperação natural, e Pagamento pelos Serviços Ambientais (PSA) gerados;
- Recuperação com Plantio: Aquisição de insumos necessários para o plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e Pagamento pelos Serviços Ambientais;
- Sistemas Agroflorestais: Aquisição de insumos necessários para implantação de sistemas que combinam espécies florestais com culturas agrícolas como café, cacau, palmito, banana, dentre outras;
- Sistemas Silvipastoris: Aquisição de insumos necessários para implantação de sistemas que combinam árvores com pastagens;
- Floresta Manejada: Aquisição de insumos necessários para implantação de culturas florestais para o manejo florestal (sem corte raso).
Informações sobre linhas de financiamento:
Bandes Atende: 0800 283 4202
Av. Princesa Isabel, 54, Centro, Vitória
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