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Publicado: 09/03/2020 00:00h

Liderança feminina: 72,9% dos cargos de líderes da Findes são ocupados por mulheres

Liderança feminina: 72,9% dos cargos de líderes da Findes são ocupados por mulheres

A igualdade de gênero e o avanço das mulheres em cargos de liderança são pautas importantes e ganham cada vez mais espaço na sociedade. Tanto que a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou neste neste domingo (8), em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o movimento “Equidade é Prioridade” para estabelecer metas claras para que as empresas aumentem a quantidade de mulheres em cargos de alta liderança. A ideia é que empresas interessadas assinem um compromisso que estabelece uma meta de 30% de mulheres em cargos de alta liderança, a partir de gerente-sênior, até 2025 e, opcionalmente 50% até 2030.

Seguindo a tendência da igualdade de oportunidades, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) possui 72,9% dos seus cargos de gestão ocupados por mulheres. Elas também representam 60% da força de trabalho de suas entidades integrantes.

Dos 1.666 colaboradores, 1.004 são do sexo feminino. Levando-se em conta as seis entidades da Federação, temos 155 cargos de liderança geral, do qual 113 são ocupados por mulheres.

O Brasil figura em 10º no ranking de países com mais empresas que têm lideranças exercidas por mulheres. Das empresas brasileiras entrevistadas pelo estudo International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, realizado pela Grant Thornton, 93% responderam que têm pelo menos uma mulher líder – percentual acima da média global de 87%.

A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que os resultados de empresas que têm mulheres no comando de seus setores podem ser 20% melhores do que as que são gerenciadas por homens. Já um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que seis a cada dez organizações privadas concordaram que a diversidade de gênero melhorou os negócios, citando ganhos em criatividade, inovação e reputação.

Executivas

Nas entidades da Findes, temos mulheres em posição de liderança sobretudo em áreas que são historicamente conhecidas por ter mais homens atuantes. A Superintendência Corporativa é um dos que representa bem a força da mulher como líder, com a Ana Paula França Pereira Vespermann à frente da equipe.

Esse é o mais alto cargo dentro da área de suporte da federação, sendo responsável por garantir o suporte às áreas de Negócios, em assuntos como Financeiro, Suprimentos, TI, Controladoria e Engenharia.

Mãe de um filho de três anos, Ana Paula afirma que, após a maternidade, sua performance profissional mudou.

“Hoje não trabalho simplesmente porque preciso, porque quero me realizar profissionalmente ou porque adoro desafios. Isso também, mas agora incluí na lista de motivações um item interessante: quero ser exemplo para o meu filho. Quero que ele cresça e admire a mãe que tem. Uma mãe empenhada, destemida, que realiza e alcança o sucesso com seu trabalho. Alguém que busca o seu lugar, que se dá valor e que entrega valor àqueles que a rodeiam”, contou.

Tecnológicas

O setor de tecnologia é tradicionalmente conhecido por ter um maior número de homens atuantes do que mulheres. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do IBGE, só 20% dos profissionais que atuam no mercado de TI são mulheres.

Embora os os homens sejam a maioria no setor de Tecnologia e Informação da Findes, a liderança do time fica a cargo de Christine Rossi.

Ela aponta que o maior desafio em ser  gestora nessa área é saber balancear características de gestão masculinas e femininas.

“Acredito que as mulheres CIOs não necessitam necessariamente de adotar liderança estritamente nos moldes tradicionalmente masculinos (esbanjando pensamento estratégico, visão, franqueza e apetite a riscos). Assim, procuro valorizar mais a inteligência emocional do que tais habilidades tradicionais de liderança”, aponta.

Ao liderar um time de homens, a palavra de ordem de Christine é consenso. “O modo como lidero é muito aberto, enfatizando a colaboração e o consenso. Isso muda o foco do envolvimento das pessoas que trabalham comigo aumentando o ciclo de confiança e do respeito”, explicou.

Inovadoras

Já na área de Tecnologia e Inovação, seguimos uma tendência mundial, com mulheres dando uma importante contribuição para o desenvolvimento nessa área.

Segundo dados recentes da consultoria McKinsey, 72% dos artigos científicos no Brasil são publicados por mulheres. Elas representam 49% do número de pesquisadores no Brasil e grandes empresas de tecnologia têm mulheres como CEOs nacionais.

Por aqui, a Diretoria de Tecnologia e Inovação do Senai e Sesi, entidades integrantes da federação, é comandada basicamente por mulheres, tendo Juliana Gavini como diretora e Naiara Galliani como gerente de Inovação.

Elas também comandam a equipe do Findeslab, o hub de inovação da indústria, composto por 16 pessoas, das quais apenas quatro são homens.

Para Gavini, o crescimento das mulheres na área de Tecnologia e Inovação é extremamente positivo não apenas no setor industrial, mas em todas as cadeias. “E temos que falar no crescimento da atuação da mulher desde a base, desde a mulher pesquisadora nas universidades, até a ponta, que é a mulher empreendedora que leva novos produtos para o mercado, que cria novos modelos de negócios”, destacou.

Nossa diretora de tecnologia e inovação acredita que, embora o crescimento seja positivo, ainda há muito a evoluir. “A mulher na inovação ainda tem potencial de crescimento. No Findeslab temos um exemplo disso. Falando de uma parte específica do nosso hub de inovação, que é o Programa de Empreendedorismo Industrial, as startups que estão produzindo as soluções para as empresas parceiras são formadas, em sua maioria, por homens. E a gente não fez nenhuma restrição de gênero no processo, mas isso é um alerta. Porque é preciso promover e incentivar o papel da mulher nessas áreas. Por que não? Temos muitas mulheres empreendedoras que estão batalhando e se dedicando nessas áreas, em seus novos negócios”, afirmou.

Escolas

Nas unidades do Sesi e do Senai, também percebemos a predominância de mulheres no comando. Das 21 unidades das composição, 16 possuem a força de trabalho composta por mais mulheres (76%).

Além disso, elas também são maioria no cargo de coordenador pedagógico, representando 89% das 56 vagas. Somando as duas instituições, as mulheres também dominam o quesito educador, representando 55%.


Fonte: Comunicação Findes
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