Um dos setores mais afetados pela forte retração econômica do país e a elevação da cotação do dólar foi o de turismo, reduzindo as viagens para fora do Brasil. As viagens para o exterior ficaram mais distantes, mas deixaram os brasileiros mais perto do Brasil, segundo levantamentos do Ministério do Turismo, o que ameniza um pouco a queda também registrada no turismo interno.
A intenção do brasileiro em viajar pelo país em 2016 meses foi a maior registrada nos últimos 10 anos, atingindo o índice de 83,6%, de acordo com o levantamento. Neste cenário, os grandes indutores turísticos investem pesado na infraestrutura seguida de divulgação pelos estados de suas potencialidades e atrativos.
O Espírito Santo, rico em potencialidades turísticas, precisa se colocar como uma das melhores opções, o que de fato é. Temos belas praias, montanhas e lugares paradisíacos que, aliados a investimentos em infraestrutura adequada, podem nos levar a ser um dos destinos mais desejados pelos turistas.
Do mar à montanha, somos privilegiados pelas praias, turismo náutico, religioso e agroturismo. As montanhas, em especial, fazem do estado capixaba um pedaço atraente e aconchegante do Brasil. Nosso litoral tem uma grande diversidade de praias para todos os gostos e estamos inseridos na região com maior poder aquisitivo do país. Falta apenas apresentar de maneira adequada as nossas riquezas naturais, provendo o acesso a cada uma delas. Vila Velha, por exemplo, além de conter belíssimas praias, com sua diversidade ao longo da Praia da Costa, Itapuã e Itaparica, possui o Convento da Penha, um local de rara beleza e representação histórica que merece ser divulgado e visitado por turistas do mundo inteiro e não só do país. E depois de mais de sete anos sem investimento de expressão em sua rede hoteleira e o fechamento de duas unidades na orla, acaba de receber um novo e importante empreendimento na Praia de Itaparica.
Além dos turistas de férias e lazer, atraímos um crescente público para a área de eventos de negócios e técnico-científicos de alcance internacional. Com este público, foram realizados ao longo dos últimos dez anos, 944 eventos, com a participação de 466 mil turistas, que injetaram na economia local mais de R$ 500 milhões, conforme dados do Ministério do Turismo. E, assim, driblamos de certa forma nossas adversidades de infraestrutura, como por exemplo a falta de rodovias duplicadas e aeroporto em condições de receber um número maior de voos.
Estamos certos e otimistas de que com o fortalecimento dos investimentos públicos e privados no turismo capixaba, o Espírito Santo passará a ocupar um espaço muito maior no circuito do turismo nacional, abrangendo as áreas de lazer e eventos corporativos, como forma de suprir essa forte demanda, já que contamos com a presença de grandes empresas e multinacionais, que atraem ano após ano, executivos de vários cantos do mundo. Com isso, contribuiremos para ampliar geração de emprego e renda. Chegou a hora de encarar o Espírito Santo como um estado que dá resultados e tem plena capacidade de ocupar um espaço muito maior no circuito do turismo nacional.
Luiz Fantin é diretor de marketing da Rede Bristol de Hotéis