O atual cenário de instabilidade político e social decorrente dos escândalos de corrupção envolvendo grandes corporações e agentes públicos dos mais elevados níveis, reflete uma grave e generalizada crise de credibilidade que atinge indistintamente corporações e instituições públicas e privadas. Essa quebra de confiança se revela nas conversas do cotidiano, nos noticiários e se consolidam em diversas pesquisas, divulgadas ao longo dos últimos meses.
Segundo estudo global Edelman Trust Barometer 2017, 62% dos brasileiros não acreditam nas instituições. O indicador reforça a necessidade de revisão dos processos de gestão e a adoção de uma cultura de integridade e compliance, conectada ao modelo de gestão orientada para resultados.
Fazer as coisas certas, cumprir as leis e regulamentos, passou a ser premissa inafastável para a sustentabilidade das organizações.
A expressão compliance vem do verbo inglês “to comply”, que em tradução livre significa “conformidade”. Portanto, quando falamos em compliance estamos nos referindo a um conjunto de regras, padrões, procedimentos éticos e legais que orientam o comportamento das organizações em suas relações internas e externas.
A internalização de uma cultura de integridade em uma organização é idealmente moldada pela alta administração ao adotar valores fundamentais de governança corporativa e elevados padrões éticos em suas ações e na definição de seus objetivos estratégicos.
Como desafios, comunicação, liderança e transparência, são elementos fundamentais para garantir uma mudança profunda e positiva na cultura das empresas. Pensando nessa lógica, dentro de um processo de modernização da governança, a Findes implementou um programa de Compliance para que a instituição seja sustentável e consiga devolver a indústria e a sociedade aquilo que eles esperam dela.
Álvaro Rogério Duboc Fajardo - Gerente de Compliance do Sistema FINDES e ex delegado da Polícia Federal.