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Publicado: 20/03/2017 18:09h

Controladores da Vale negociam com acionistas de PN

Controladores da Vale negociam com acionistas de PN
Os acionistas controladores da Vale iniciaram tratativas com detentores de ações preferenciais da companhia para negociar a relação de troca proposta para a conversão desse tipo de papéis classe A em ordinárias que foi prevista no novo acordo de acionistas, anunciado em fevereiro. A intenção é buscar um consenso sobre a proporção de troca, mas com o intuito de manter a proposta inicial para conversão dos papéis na relação de 0,9342 ON por 1 ação PNA, apurou o Valor.

Dono de mais de 18% das ações preferenciais da mineradora, o fundo de investimentos Capital Group questiona a relação de troca proposta no acordo anunciado em fevereiro pelo grupo de acionistas controladores - Litel (fundos de pensão liderados pela Previ), Bradesco, Mitsui e BNDES Participações.

Por ser um investidor estrangeiro com participação relevante, o Capital Group estaria buscando uma posição mais equitativa, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto. Entretanto, observou, trata-se de um processo negocial normal.

Considerando o cenário de adesão de 100% à oferta de conversão voluntária, Capital Research Global e Capital Group - que representam a fatia total do fundo - ficariam com 4,0% e 3,6% do capital da Vale, respectivamente, na nova configuração societária.

Pelo novo acordo, caso se concretize conforme a proposta apresentada, os controladores ficariam com 36,7% do capital da Vale. O bloco de controle seria formado por 20% das ações.
Para que o novo acordo seja aprovado em assembleia de acionistas são necessários os votos de 54% dos detentores das ações PN. A reestruturação societária da mineradora visa pulverizar o controle da empresa e listá-la no Novo Mercado, segmento máximo de governança corporativa da BM&FBovespa. A conversão voluntária de ações será votada em uma assembleia geral de acionistas em junho, a qual será convocada no início de maio.

Na visão de acionistas e da companhia, o entendimento é que o desenho da proposta apresentada respeita e atende todos os investidores. Os que estão no bloco de controle (30% das ON), mais 30% de ordinaristas fora do acordo e os 40% que formam o bloco de papéis preferenciais.

Uma relação de troca de uma ação PN por uma ação ON é considerada injusta para os ordinaristas fora do bloco de controle.

Pelos termos do acordo, a Valepar - que reúne Litel Participações, Litela Participações, Bradespar, Mitsui e BNDESPar) - será incorporada pela Vale, com relação de substituição que contempla um prêmio de 10% no número de papéis detidos pelos acionistas na holding. A operação representará diluição de 3% da parcela dos demais acionistas no capital da Vale.

O Capital Group é especializado em mercados emergentes, com mais de US$ 5 bilhões investidos. O fundo diz buscar posições minoritárias influentes com direitos de gestão. "Trabalhamos com uma parceria próxima e de longo prazo com a gestão das companhias para o negócio crescer e prover uma perspectiva global única nos desafios que enfrentam", diz em seu site. Procurado, o fundo disse que não comenta sobre suas participações.

A Vale não respondeu aos pedidos de comentários, bem como representantes dos acionistas controladores da companhia.

Fonte: Valor Econômico
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