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Publicado: 05/03/2017 00:00h

Balança comercial registra superávit recorde de US$ 7,3 bilhões no primeiro bimestre

Balança comercial registra superávit recorde de US$ 7,3 bilhões no primeiro bimestre

Para secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, dados divulgados hoje sinalizam reaquecimento da economia brasileira
 

Com exportações no valor de US$ 30,4 bilhões e importações de US$ 23,1 bilhões, a balança comercial brasileira registrou um superávit recorde de US$ 7,3 bilhões no primeiro bimestre do 2017, melhor resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, em entrevista coletiva no Ministério da Indústria, Comércio exterior e Serviços (MDIC), em Brasília.

Acesse os dados completos da balança comercial
Veja apresentação dos dados da balança comercial
Ouça apresentação do secretário Abrão Neto sobre os dados da balança comercial de fevereiro

Nos primeiros dois meses de 2017, as exportações registraram um aumento de 20,5%, com crescimento das vendas de produtos básicos (38,1%), semimanufaturados (13,2%) e manufaturados (5,3%). As importações tiveram um crescimento de 9,2% com aumento dos gastos com bens intermediários (19,5%), e diminuição das compras de bens de capital (-28,5%) e bens de consumo (-1,5%).

Abrão Neto afirmou que o aumento da importação de bens intermediários é um sinal de retomada do crescimento da economia. “Houve um aumento consistente nas importações, sobretudo de insumos usados para produção agrícola e para produção industrial de alguns setores como eletroeletrônico, aviação, indústria química e indústria de equipamentos mecânicos, além de combustíveis e lubrificantes. Então, de certa forma, entendemos este terceiro crescimento mensal no total das importações e o crescimento de bens intermediários como um sinal importante de reaquecimento da economia brasileira”, analisou.

Fevereiro

No segundo mês de 2017 o superávit comercial também foi recorde, chegando a US$ 4,6 bilhões. O melhor saldo anterior havia sido registrado em fevereiro de 2016 (US$ 3 bilhões). Em fevereiro, as vendas externas somaram US$ 15,5 bilhões, com crescimento de 22,4% em relação a 2016, e as importações totalizaram US$ 10,9 bilhões, o que representa um aumento de 11,8%.

“As taxas de crescimento tanto nas exportações quanto nas importações foram as maiores desde 2011 e nós tivemos em fevereiro o terceiro mês consecutivo de aumento das importações, o que não acontecia desde agosto de 2013”, destacou Abrão Neto.

Segundo o secretário de Comércio Exterior, nos próximos meses as compras externas devem continuar crescendo. “Nossa expectativa para 2017 é de aumento tanto das importações quanto das exportações” acrescentou.

Nas importações, em fevereiro, cresceram os gastos com bens intermediários (16,3%) e combustíveis e lubrificantes (34,9%), em razão do aumento dos preços óleo diesel, gasolinas, carvão, coques de hulha, butanos e propanos liquefeitos. Por outro lado, caíram as compras com bens de capital (-9,8%) e bens de consumo (-4,4%).

Já as exportações, quando comparadas a fevereiro do ano passado, apresentaram crescimento de 48,3% nas vendas de produtos básicos, por conta de petróleo em bruto (326,6%), minério de ferro (126,2%), soja em grão (107,2%), carne suína (40%) e carne de frango (35,8%). No período, também aumentaram as vendas de produtos manufaturados (5,7%) e semimanufaturados (2%), devido ao crescimento nas exportações de óleos combustíveis (480,7%), veículos de carga (38,8%), automóveis de passageiros (31,6%), ferro fundido (139%), óleo de soja em bruto (109,9%) e semimanufaturados de ferro e aço (92,6%).

Mercados compradores

No acumulado do ano, houve crescimento das exportações brasileiras para quase todos os principais destinos, com destaque para a China (crescimento de 78,9%), Estados Unidos (+15,3%) e Argentina (18,4%). No mês de fevereiro, China (US$ 3,576 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,896 bilhão), Argentina (US$ 1,271 bilhão), Países Baixos (US$ 691 milhões) e Chile (US$ 445 milhões) foram os principais compradores de produtos brasileiros. No último mês, aumentaram as vendas para Ásia (42,7%) e cresceram as remessas para Mercosul (22,6%), Oriente Médio (22,6%) e Oceania (22,2%).


Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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