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Publicado: 04/10/2018 13:39h

A importância de ouvir além das palavras

A importância de ouvir além das palavras

A poucos dias do primeiro turno das eleições, o momento é de avaliar as propostas dos candidatos e analisar seus discursos para fazer a melhor escolha na urna. Mas não basta ouvir o que eles falam. É preciso estar atento, também, à linguagem não verbal que utilizam para transmitir suas mensagens.

Recente pesquisa, realizada por James Kouzes e Barry Posner, autores do best-seller “O Desafio da Liderança”, revelou que apenas 7% do impacto da comunicação é passado pela fala. Já as expressões não verbais contribuem com 55% da mensagem que se quer dar. Os 38% restantes ficam por conta das características vocais do emissor (entonação, ênfase, colocação vocal, volume da voz).

Vale, assim, dar importância também ao que não se diz. “A linguagem corporal decide debates presidenciais”, comentou certa vez a especialista Amy Cuddy, professora da Escola de Negócios de Harvard. E é fato. Gestos, expressões faciais e posturas corporais indicam muito mais do que a boca do indivíduo fala. Tanto que, desde que o primeiro debate televisivo entre dois candidatos políticos numa campanha eleitoral foi ao ar, em 1960, entre Nixon e Kennedy, profissionais de áreas distintas especializaram-se em formar líderes ou gestores políticos, utilizando uma comunicação não verbal adequada e que reforçasse as suas mensagens.

O mundo corporativo tem estado atento a essa questão. Afinal, a comunicação é a essência da vida de toda organização. Cada empresa tem suas metas, missão, valores, assim como todo um planejamento sobre o alcance desses objetivos, sejam eles em médio ou longo prazo. Se a capacidade de receber informações, entendê-las e compartilhá-las não for eficiente, as chances de sucesso serão reduzidas.

Um gestor que passa insegurança na sua voz ou assume gestos que contradizem sua fala, certamente terá sua credibilidade afetada; um candidato a emprego que não demonstra confiança em si mesmo tem menos chance de ser contratado.

Daí as organizações buscarem cada vez mais profissionais que tenham uma boa comunicação interpessoal, que sejam capazes de compreender e repassar informações de maneira fidedigna e coerente, tanto em nível verbal quanto não verbal. Uma habilidade que nada mais é do que ter inteligência social e emocional para utilizar palavras e expressões corporais de maneira assertiva e que evitem conflitos associados à má interpretação. É saber se comunicar além das palavras.

Já do lado das empresas, a atenção à comunicação não verbal dos seus colaboradores tem possibilitado conhecer e identificar melhor seus interesses e anseios para, assim, poder estabelecer medidas que gerem melhor clima organizacional e maior produtividade no ambiente de trabalho. Essa é, inclusive, uma importante ferramenta no desenvolvimento de políticas e estratégias eficazes em gestão de pessoas nas organizações.

Ter esse entendimento na hora de escolher para quem dar o voto é fundamental. Além de conhecer a carreira do candidato e avaliar a viabilidade das suas propostas, é preciso perceber se há consonância entre a linguagem verbal e a não verbal; no que diz e no que mostra.

Afinal, independente de cédulas ou partidos, o que todo eleitor brasileiro quer de seus futuros representantes no Executivo e Legislativo é coerência: que hajam de acordo com as propostas que os elegeram e assumam o compromisso ético de executá-las.

João Bosco Reis da Silva, Gerente Geral de Sustentabilidade e Relações Institucionais da ArcelorMittal Tubarão


Fonte: Mile4 Assessoria de Comunicação
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