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Publicado: 27/06/2018 17:49h

Garantindo um futuro sustentável

Garantindo um futuro sustentável

A sustentabilidade está na agenda de consumidores, empresas e governos em todo o mundo, e a ArcelorMittal busca fazer a sua parte para assegurar um futuro sustentável. Economia circular, mudança do clima e sustentabilidade na cadeia de fornecimento estão norteando nossa maneira de operar e fazer negócios globalmente. Confira a entrevista com o Gerente Geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal Brasil, Guilherme Abreu, e conheça a importância dessas tendências ambientais e como elas estão sendo desdobradas no Brasil, trazendo diferencial competitivo e influenciando a escolha dos clientes.

Quais são as principais tendências ambientais que têm norteado a atuação da ArcelorMittal no Brasil?

Atuamos sempre alinhados com as diretrizes mundiais do Grupo. A primeira grande tendência é a mudança do clima, que implica em uma transição para uma economia de baixo carbono. Isso é algo inevitável, tendo em vista os compromissos estipulados pelo governo brasileiro de redução de emissões de gases de efeito estufa, com objetivos a serem alcançados em 2025 e 2030. As ações não envolvem diretamente as indústrias porque elas não são as maiores emissoras. No Brasil, o grande problema é o desmatamento ilegal e, consequentemente, as queimadas. No entanto, isso não nos isenta de endereçar o assunto. O Grupo possui o compromisso voluntário global de redução de 8% das emissões específicas de gases de efeito estufa até 2020, ano base 2007. Em nossas operações brasileiras, o uso do carvão vegetal na produção do aço, além do reaproveitamento de gases siderúrgicos para cogeração de energia elétrica, que reduz o consumo de energia distribuída no sistema nacional, contribuirão significativamente para a entrega desse objetivo. Ambos são casos bem-sucedidos de redução de emissões de CO2.

A segunda grande tendência é a economia circular. Não há como pensar o futuro da indústria do aço sem uma visão de circularidade, que vai influenciar todas as fases da cadeia produtiva, desde o design até a destinação final dos produtos. O objetivo é que os recursos naturais utilizados no processo produtivo sejam empregados da maneira mais eficiente possível, maximizando as oportunidades de reuso e reciclagem, mais vantajoso – econômica e ambientalmente – que o descarte. É um conceito simples mas, ao mesmo tempo, complexo, porque implica em quebra de paradigmas e na intensificação de ações existentes. No ano passado, formalizamos nossa participação no Circular Economy 100 Brasil (CE100), o braço brasileiro de uma articulação global capitaneada pela Fundação Ellen MacArthur que reúne o setor privado, governos e pesquisadores em uma busca conjunta pela aceleração da economia circular. Foi construído um plano de ação de três anos, com o compromisso de buscar ações efetivas para promover a circularidade em nossas operações. Um exemplo é o estímulo à maximização do valor agregadona reciclagem de coprodutos, que está acima de 90% na ArcelorMittal Brasil hoje. Eles são reaproveitados em nossos processos produtivos e utilizados como matéria-prima por outras indústrias. Outro case de sucesso é o aluguel de estacas-pranchas metálicas para obras de contenção temporária, implantado mundialmente e também no Brasil. O reúso dos produtos em mais de uma obra reduz o consumo de recursos na produção e o volume de resíduos gerados ao fim do ciclo.

A terceira grande tendência é a sustentabilidade na cadeia de fornecimento, estendendo nosso compromisso a nossos fornecedores. Nosso intuito é evitar a ruptura no fornecimento em função de questões de sustentabilidade, e esse é um trabalho muito complexo, porque se não bem tratado e conduzido, pode gerar aumento de custos, dependendo do nível de exigência e de demanda. No Brasil, pretendemos expandir a abordagem, indo além darealização de auditorias ambientais, para a elaboração de um diagnóstico mais amplo dos principais fornecedores de cal e calcário, carvão mineral, carvão vegetal, sucata, minério de ferro e ferro gusa, matérias-primas essenciais ao nosso processo produtivo. A avaliação será norteada pelas 10 Diretrizes de Desenvolvimento Sustentável do Grupo e, a partir daí, será definida uma linha de trabalho conjunta.

Qual é o impacto desse trabalho na ponta, como ele pode trazer diferencial competitivo para a ArcelorMittal?

Todo esse trabalho gera valor para os nossos clientes. Ele possibilitou, por exemplo, a conquista da Declaração Ambiental de Produtos (DAP) para o vergalhão, certificação inédita na indústria do aço nacional. Emitida pelo órgão certificador alemão IBU (Institut Bauen und Umwelt), a DAP abrange os vergalhões CA25 e CA50 produzidos nas unidades da ArcelorMittal no Brasil. Ela se baseia na metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), que analisa os impactos e benefícios ambientais do produto, fornecendo uma descrição detalhada desde a extração das matérias-primas, passando pelo processo de fabricação, uso e descarte. A certificação contribuirá para aumentar nossa competitividade no setor de construção civil, que tem buscado entregar empreendimentos cada vez mais sustentáveis. Dessa forma, oferecemos aos clientes produtos que lhes darão créditos adicionais na certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), principal rotulagem ambiental internacional voltada para a construção civil. O próximo passo é buscar a Declaração Ambiental de Produtos para nossas Telas, Treliças, Arame Recozido e Pregos, ainda este ano.

Qual é o papel de cada empregado para termos uma operação cada vez mais sustentável?

É preciso que cada um tenha a consciência da importância da sustentabilidade para garantir a perenização do negócio. O cumprimento das normas e procedimentos existentes é o primeiro passo, mas cada um de nós deve e pode contribuir para a melhoria contínua de nossas operações, para que daqui a 100 anos nós ainda estejamos gerando riqueza e desenvolvimento para a sociedade. Mas nosso compromisso com a sustentabilidade vai além da empresa. Em nosso dia a dia, temos a responsabilidade de reduzir o impacto de nossas ações, e isso deve começar em casa, com pequenas iniciativas de economia de água e energia. Temos que ser exemplo no trabalho e fora dele.


Fonte: Assessoria de Imprensa ArcelorMittal Brasil
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