Em 12 anos, a parceria da empresa com a universidade já resultou em repasses de quase R$ 1,5 milhão e outros R$ 250 mil serão investidos nos próximos dois anos somente em bolsas de estudos
A Fibria e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) renovaram nesta terça-feira (2/8) uma parceria tecnológica que mantêm há 12 anos e que resultou em investimentos de quase R$ 1,5 milhão por parte da empresa. Nesta nova fase, a Fibria vai repassar outros R$ 250 mil em bolsas de estudos nos próximos dois anos, além de avaliar, juntamente com a universidade, repasses para o desenvolvimento de novos projetos científicos. Os recursos aplicados pela Fibria nesta parceria são aplicados em bolsas de estudo e em projetos científicos que contribuam para impulsionar o setor de florestas plantadas e para consolidar o Centro de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE/Ufes) como um local de excelência em tecnologia florestal.
Iniciada em 2004, a parceria Fibria-Ufes é importante para a consolidação dos cursos de graduação em Engenharia Florestal e Engenharia Industrial Madeireira, e do curso de pós-graduação em Ciências Florestais. Desde o início do convênio, a Fibria já repassou R$ 824 mil que foram aplicados no desenvolvimento de 21 projetos de pesquisas que resultaram em 36 dissertações sobre temas ligados ao negócio da empresa. Outros R$ 669 mil foram investidos em 59 bolsas de pesquisa para estudantes da universidade. A soma desses recursos equivale a um montante de R$ 1,49 milhão.
O diretor de Tecnologia e Inovação da Fibria, Fernando Bertolucci, diz que o convênio contribui para a incorporação de novas tecnologias ao processo produtivo florestal da empresa. “A parceria entre a Ufes e a Fibria viabilizou a realização de diversas pesquisas científicas, colaborando com a formação acadêmica dos alunos e com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia florestal no Espírito Santo”.
Ele acrescenta que, nesta nova fase do convênio, a expectativa é que os recursos sejam direcionados para formação de profissionais com mais experiência no mercado de trabalho, que poderão atuar em um ambiente de desafios e de pesquisa aplicada. Bertolucci ressaltou que esta parceria foi muito bem-sucedida até o momento, sendo, inclusive, um dos casos de sucesso apresentado pelas duas instituições na conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), ocorrido em 2013, em Vitória (ES).
“O modelo de parceria adotado envolve repasse financeiro, mas também um casamento entre desafios e oportunidades de desenvolvimento conjunto, que é capaz de criar um ambiente mais propício ao desenvolvimento tecnológico”, afirma Bertolucci.
A parceria com empresas privadas é importante para a manutenção de diversas atividades nas universidades, envolvendo recursos que são direcionados para financiamento de estudos, custeio de pesquisas e aquisição de equipamentos para a instituição. O diferencial do modelo adotado entre a Fibria e o CCAE/Ufes é que o alvo da parceria é integralmente institucional e com grande enfoque na aplicação do conhecimento gerado a partir das necessidades tecnológicas do setor florestal.
O modelo de parceria entre a Fibria e a Ufes favorece o desenvolvimento tecnológico da empresa e, ao mesmo tempo, apoia o desenvolvimento de atividades de pesquisa da universidade. Os repasses financeiros oriundos desse convênio também permitiram melhorias na estrutura física da instituição de ensino, entre elas a transferência de material botânico e de recursos da Fibria para construção do único herbário do sul do Espírito Santo, totalmente digitalizado e disponível para a comunidade científica via Web. Trata-se de uma via de mão dupla com ganhos de toda parte.
O reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte, disse que as parcerias com instituições privadas são importantes para estimular a pesquisa nas universidades e para que estas busquem as respostas que as empresas precisam. O gerente de Manejo e Recursos Florestais da Fibria, Robert Cardoso Sartório, citou os desafios da empresa, como o surgimento de novas pragas e doenças, as mudanças climáticas e o déficit hídrico. “Temos que buscar tecnologias e alternativas que tornem nossas florestas mais resilientes a essas situações”, disse ele, destacando a importância das parcerias na busca de soluções.