Recorde de demanda dos investidores faz o valor final da operação ser 35% maior que a oferta inicial da empresa, líder mundial na produção de celulose de eucalipto
A Fibria, líder mundial na produção de celulose de eucalipto, publicou ontem (29/06) o aviso de encerramento da operação de emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que contou com a subscrição e a integralização do valor total de R$ 1,35 bilhão – R$ 1 bilhão da oferta-base mais o lote adicional de 35% conforme regra da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em função da forte demanda por parte dos investidores. A operação da Fibria é o maior volume de CRA já emitido no mercado brasileiro.
A Fibria emitiu duas séries de Certificados de Recebíveis do Agronegócio: uma série de 4 anos (com vencimento em 2020), com volume de R$ 880 milhões e taxa de 97% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário); e uma série 7 anos (vencimento em 2023), com volume de R$ 470 milhões, e taxa de IPCA + 5,9844% (NtN-B 2022 – 0,25%). A emissão do CRA teve como lastro notas de crédito à exportação (NCEs) devidas pela companhia.
De acordo com o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Fibria, Guilherme Cavalcanti, durante o período de reserva (bookbuilding) houve recorde de demanda por parte dos investidores, chegando a R$ 2,4 bilhões para os certificados.
“A confiança dos investidores na Fibria, que segue com grau de investimento e perspectiva estável em duas das principais agências de crédito internacional, a Fitch e Standard & Poor's, resultou na forte demanda pelo nosso certificado de recebíveis. Essa operação marca o maior volume já emitido no mercado brasileiro via CRA”, afirma Cavalcanti.
A captação tem como objetivo financiar as atividades da Fibria vinculadas ao agronegócio, assim como a produção e a comercialização no âmbito do programa de exportação da celulose da companhia. Segundo o gerente geral de Tesouraria da Fibria, Marcelo Habibe, a emissão fechou com um custo abaixo das taxas-teto de ambas as séries, uma vez que a empresa captou a 97% do CDI para prazo de 4 anos, cuja taxa-teto era 100% do CDI; bem como na série de 7 anos de prazo, emitida a IPCA + 5,9844%, na qual a taxa-teto era de NtN-B + 0,25% e Fibria fechou a NtN-B - 0,25%.
“Foi uma operação muito interessante para a Fibria. Ao mesmo tempo em que aumentamos o volume captado em 35%, conseguimos reduzir o custo final em relação às taxas iniciais. Além disso, também tivemos uma participação recorde de instituições participantes da oferta, interessadas em distribuir o nosso CRA”, diz Habibe.
A emissão do CRA da Fibria, coordenada pelos bancos Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Citibank e Banco Votorantim, foi classificada com nota brAAA pela agência de riscos Standard & Poor´s (S&P).