A compra de bens e serviços por parte da nossa empresa será renda para nossos fornecedores, que, em seus processos produtivos, irão contratar novos insumos, fornecedores e mão de obra em um processo em cadeia, dinamizador da economia.
Entendemos que uma política de conteúdo local é importante para o desenvolvimento das cadeias produtivas locais. Mas o que é conteúdo local? É a proporção dos investimentos nacionais aplicados em um determinado bem ou serviço, correspondendo à parcela de participação da indústria nacional na produção desse bem ou serviço. Ou seja, aquilo do todo que, de fato, gera emprego e renda no país.
Investimentos em refino e fertilizantes
Nosso Plano Estratégico 2024-28+ (PE 24-28) projeta investir nos próximos cinco anos US$ 102 bilhões. Esse volume de recursos irá se materializar em encomendas de bens e serviços que irão suprir a necessidade da companhia de modernização e aumento da sua capacidade produtiva. É isso que garante o nosso futuro, com o cumprimento das metas de produção e eficiência.
No horizonte do nosso PE 24-28, serão investidos R$60 bilhões no parque de refino brasileiro, destes R$ 3,2 bilhões são para a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), localizada em Araucária (PR).
A companhia reativou neste ano as operações da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa) e prevê investir R$ 6 bilhões no segmento de fertilizantes no quinquênio, incluindo projetos em estudo. “Considerando essa refinaria e a fábrica de fertilizantes, nós vamos gerar quase 30 mil novos postos de trabalho, neste quinquênio, no Paraná”, disse a nossa Presidente, Magda Chambriard.
Ainda no segmento fertilizantes, nosso Conselho de Administração aprovou a continuidade da implantação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), localizada em Três Lagoas (MS). Com a decisão, o projeto passa a integrar a carteira em implantação do Plano Estratégico vigente, e daremos início aos processos de contratação para retomada das obras da unidade. O investimento estimado para conclusão da UFN-III é de cerca de R$ 3,5 bilhões, e a previsão de início de operação é 2028.
Contratos em Exploração & Produção
Neste ano, assinamos diversos contratos. São recursos que irão desencadear todo um processo multiplicador de renda e emprego, em especial na economia brasileira, em que grande parte dos investimentos será realizado.
Nos contratos com a TechnipFMC, no valor de R$ 2,9 bilhões, para a aquisição de equipamentos submarinos e dutos flexíveis, para as Bacias de Santos e Campos, o conteúdo local mínimo será de 55% para equipamentos e 40% para serviços. A contratada informou que pretende superar o conteúdo requerido, atingindo um percentual de aproximadamente 60%. Os equipamentos serão fabricados no Estado do Rio de Janeiro, a partir do terceiro trimestre de 2024.
A aquisição de 72 km de dutos flexíveis da empresa NOV, no valor de R$ 1,9 bilhão, tem o objetivo de viabilizar a produção nos campos de Jubarte, Marlim Leste, Marlim Sul, além da revitalização da malha de gás da Bacia de Campos. A previsão de conteúdo local mínimo é de 40%, e os serviços, em sua maioria, serão executados na planta de Açu, no Rio de Janeiro. A expectativa da NOV é que se alcance um percentual de 90 a 100% na realização desses serviços. Nossa companhia também assinou contratos com a empresa EBS para novas sondas de perfuração e produção terrestre na Bahia e Amazonas, com um valor total de R$ 1,29 bilhões. Estes contratos preveem um conteúdo local mínimo de 20% a 50%, podendo chegar a 50% e 80%, respectivamente, considerando o histórico de prestação desses serviços. Haverá geração/manutenção de 1200 empregos diretos e indiretos durante a vigência dos contratos, conforme informações da empresa contratada.
Fortalecimento da indústria naval offshore nacional
No âmbito do Programa TP 25, nossa subsidiária Transpetro abriu processo de licitação pública para a aquisição de quatro navios da classe Handy, de 15 a 18 mil toneladas de porte bruto (TPB). Esse certame marca a retomada da contratação de embarcações próprias e pode gerar novas oportunidades para a indústria naval brasileira. De acordo com o cronograma da concorrência, o lançamento do primeiro navio Handy é estimado para o primeiro semestre de 2026. Os demais navios serão entregues sucessivamente a cada seis meses, até meados de 2028.
O Programa TP 25 da Transpetro prevê aquisição de navios para cabotagem na costa brasileira, contemplando gaseiros e embarcações de médio porte, além dos Handy do primeiro edital. “Esse programa da Transpetro vai dar mais capacidade à nossa logística de petróleo e derivados. Vamos ficar menos expostos a oscilações de fretes e reduzir os custos com afretamentos de embarcações. É um marco do início de contratações que vão contribuir para o fortalecimento da indústria naval e offshore nacional”, afirmou nossa Presidente, Magda Chambriard.
Também estão em andamento licitações públicas para afretamento de doze embarcações do tipo Platform Supply Vessel (PSV), dez navios do tipo Oil Spill Response Vessel (OSRV) e oito do tipo ROV Support Vessel (RSV). Adicionalmente, foi aprovada a contratação de duas embarcações do tipo AHTS (Anchor Handling Tug Supply). As contratações preveem a construção de embarcações novas e trazem exigência de conteúdo local mínimo de 40%. A especificação técnica também impõe que as embarcações atendam a padrões avançados de eficiência operacional, segurança e redução das emissões de gases do efeito estufa.
Adicionalmente, foi aprovado o início da licitação de um novo FPSO próprio para o projeto de revitalização de Marlim Sul e Leste. A unidade teve projeto básico desenvolvido pela Petrobras, contando pela primeira vez com sistema de geração de energia com ciclo combinado em uma plataforma própria, como medida de redução de emissões de gases de efeito estufa, e terá capacidade para produzir 140 mil barris de óleo (bdp) e processar 7 milhões metros cúbicos de gás por dia. A licitação prevê o conteúdo local mínimo de 20%.
Das plataformas do tipo FPSO que entrarão em operação nos próximos anos, estima-se que cerca de 200 mil toneladas de módulos dessas unidades sejam construídas em estaleiros brasileiros.
Autonomia e Renda Petrobras
As Cadeias Produtivas Locais (CPLs) são o motor da produção de um país. A indústria de Óleo & Gás tem uma importância muito grande para o desenvolvimento dos fornecedores locais. Os impactos econômicos advindos dos pagamentos de tributos, royalties, salários, e seu efeito multiplicador na economia local, somado a programas de qualificação profissional, tem fortalecido as CPLs e melhorado a vida da população.
Entendemos que promover as CPLs é uma forma de fortalecer a economia regional, reduzir desigualdades e gerar emprego e renda. Um exemplo de iniciativas que mudam a vida das pessoas é o Programa Autonomia e Renda Petrobras, que amplia as oportunidades de capacitação e recolocação profissional, especialmente para moradores de municípios onde há operações da companhia ou cidades vizinhas.
O programa prioriza o atendimento a pessoas com baixa renda ou sem vínculo formal de emprego; mulheres; pessoas transgênero, transexuais ou travestis; pessoas com deficiência; indígenas e quilombolas; pessoas pretas e pardas e refugiadas. Com essa iniciativa, a companhia, além de contribuir para o fortalecimento das CPLs, reafirma o seu compromisso com a diversidade, equidade e inclusão.
Navio-plataforma Marechal Duque de Caxias começa a produzir no pré-sal
O navio-plataforma Marechal Duque de Caxias (Mero 3) começou a produzir óleo e gás nesta quarta-feira, 30/10, no campo de Mero, bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade tem capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo e de comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás, tudo isso diariamente. O navio-plataforma aumentará a capacidade instalada de produção de Mero de 410 mil para 590 mil barris diários de petróleo. A unidade, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês), é parte do quarto sistema de produção de Mero e foi afretada junto à MISC. Ao todo, serão 15 poços, 8 produtores de óleo e 7 injetores de água e gás, interligados à plataforma por meio de uma infraestrutura submarina. Já operam no campo o FPSO Pioneiro de Libra e dois sistemas definitivos – FPSO Guanabara (Mero 1) e FPSO Sepetiba (Mero 2).
“O FPSO Marechal Duque de Caxias tem características que servem muito bem ao projeto atual da Petrobras, de manutenção de altos níveis de produção, priorização de tecnologias de descarbonização e cuidado com o meio-ambiente. O FPSO será o terceiro desse porte a ser instalado no campo de Mero nos últimos trinta meses, o que elevará a sua capacidade instalada para 590 mil barris de óleo por dia em um curto período”, declarou nossa Diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos.
Tecnologias inovadoras
A plataforma usará tecnologias inovadoras para aumentar a produção, como o HISEP®, em operação a partir de 2028. Esse equipamento fará a separação do óleo e do gás já no fundo do oceano, de onde reinjetará o gás rico em CO2 no reservatório. Dessa forma, desafogará a planta de processamento de gás da superfície e reduzirá a intensidade das emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera.
As operações do campo unitizado de Mero são conduzidas pelos consorciados do Contrato de Partilha de Produção de Libra – operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNOOC (9,65%), CNPC (9,65%) e a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), que, além de gestora do contrato, atua como representante da União na área não contratada (3,5%).
Produzimos 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia no 3º trimestre de 2024
Encerramos o 3º trimestre de 2024 (3T24) com uma produção total própria de 2,689 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), volume praticamente em linha com o trimestre anterior. Entre os destaques operacionais do período, estão o alcance do topo de produção do FPSO Sepetiba, no campo de Mero, com a entrada em operação de 3 novos poços produtores, e a entrada de novos poços em projetos nos campos de Búzios e Tupi.