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Publicado: 29/11/2019 00:00h

Petrobras aprova Plano Estratégico 2020-2024

Petrobras aprova Plano Estratégico 2020-2024

A Petrobras informa que seu Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada ontem, o Plano Estratégico para o quinquênio 2020-2024, em linha com o posicionamento estratégico da companhia, divulgado em 26 de setembro de 2019, no qual se almeja ser a melhor empresa de energia na geração de valor para o acionista, com foco em óleo e gás e com segurança, respeito às pessoas e ao meio ambiente.

Definido como Mind the Gap, o Plano Estratégico traz uma agenda transformacional, que visa eliminar o gap de performance que separa a Petrobras das melhores empresas globais de petróleo e gás, criando substancial valor para seus acionistas. Além disso, o plano está consistente com os cinco pilares estratégicos que definimos: i) maximização do retorno sobre o capital empregado; ii) redução do custo de capital; iii) busca incessante por custos baixos; iv) meritocracia; v) respeito às pessoas, meio ambiente e segurança.  

A Petrobras passa por um momento de transformação cultural e digital e, buscando um efetivo retorno do capital empregado dos seus acionistas, decidiu incorporar no plano uma nova ferramenta de gestão: o EVA® (Economic Value Added). O indicador representa o início de uma avaliação de desempenho que tem como foco a geração de valor, transformando a cultura da companhia através de incentivos claros aos gestores e profissionais.

A Petrobras do futuro será uma companhia com retorno operacional superior ao seu custo de capital, posicionada em ativos de classe mundial, com operação focada em óleo e gás, avançando na exploração e na produção do pré-sal brasileiro, um parque de refino eficiente, com capacidade para processar 1,1 milhão de bpd. Com respeito a fontes de energia renováveis, a companhia atuará em pesquisas buscando adquirir competências para o eventual posicionamento no longo prazo em energia eólica e solar.

O plano conta com três métricas de topo com foco na segurança das pessoas, na redução do endividamento e na geração de valor:

- Taxa de acidentados registráveis por milhão de homens-hora (TAR) abaixo de 1,0; 
- Dívida líquida/EBITDA ajustado abaixo de 1,5x;
- Delta do EVA® consolidado de US$ 2,6 bilhões.

Em adição, é estipulada uma ambição de Zero Fatalidade.

Continua-se perseguindo a desalavancagem através da geração de caixa e dos desinvestimentos. Nos 9M19, a Petrobras reduziu a dívida bruta da companhia em US$ 21 bilhões. A meta de atingir a relação Dívida Líquida/LTM EBITDA de 1,5x ainda em 2020 foi mantida. Em 2021 o planejamento será atingir US$ 60 bilhões de dívida bruta o que aumentará a remuneração aos acionistas em linha com a nova política de dividendos já anunciada.

Considera-se como premissa para o plano um cenário de resiliência, que é utilizado como preço de breakeven mínimo de projetos, preços de petróleo mais reduzidos, no valor de US$ 50/bbl para os próximos cinco anos e de US$ 45/bbl no longo prazo, aplicando uma governança criteriosa para a seleção e priorização de projetos.

O CAPEX previsto para o quinquênio é de US$ 75,7 bilhões, dos quais 85% estão alocados no segmento E&P. Essa alocação está aderente ao posicionamento estratégico, com foco nos ativos de E&P, especialmente no pré-sal, nos quais a Petrobras tem vantagem competitiva e geram mais retorno para os investimentos.

Os desinvestimentos previstos no plano variam entre US$ 20-30 bilhões para o período 2020-2024, sendo a maior concentração nos anos de 2020 e 2021.

Produção de óleo, LGN e gás natural

A curva de produção de óleo e gás estimada no período 2020-2024 indica um crescimento contínuo. Ao longo desse período, está prevista a entrada em operação de 13 novos sistemas de produção, sendo todos alocados em projetos em águas profundas e ultra profundas.

A companhia decidiu apresentar uma visão de produção comercial, a fim de representar o impacto econômico da produção nos resultados, deduzindo da sua produção de gás natural os volumes de gás reinjetados nos reservatórios, consumidos em instalações do E&P e queimados nos processos produtivos. Além disso, a curva de produção não contempla desinvestimentos, com exceção de cerca de 100 mboed, relativos aos campos na Nigéria e de Tartaruga Verde, cujas transações já foram assinadas e os fechamentos estão próximos de ocorrer.

As estimativas de produção estão apresentadas abaixo:

Para a meta de produção de 2020 é considerada uma variação de 2,5% para mais ou para menos. A produção de óleo deste ano reflete principalmente as perdas de volumes relacionados ao declínio natural dos campos maduros e à maior concentração de paradas de produção para o aumento da integridade dos sistemas, parcialmente compensados pelo ramp-up das novas plataformas. No longo prazo, a trajetória de crescimento é suportada pelos novos sistemas de produção majoritariamente no pré-sal, com maior rentabilidade e geração de valor – e pela estabilização da produção na Bacia de Campos.

Financiabilidade

A expressiva geração operacional de caixa será decorrente da maior eficiência projetada, do controle de gastos e dos recursos financeiros em função da gestão ativa de portfólio. Isso permitirá uma redução gradativa da dívida bruta, com consequente diminuição das despesas com juros e aumento nos valores estimados de distribuição de dividendos, através da nova Política de Dividendos da companhia, gerando uma maior remuneração para os acionistas. A dívida alcança o patamar de US$ 60 bilhões já no ano de 2021, e se mantem nesse patamar ao longo do quinquênio.

Adicionalmente, ao antecipar fluxo de caixa operacional via desinvestimentos de ativos a Petrobras realizará seus investimentos, reduzindo seu endividamento, sem necessidade de novas captações líquidas no horizonte do Plano Estratégico.

Compromissos de baixo carbono e sustentabilidade

Até o momento, a Petrobras ja avançou com uma série de ações de descarbonização em seus processos, que envolvem redução da queima de gás natural em flare, reinjeção de CO2 e ganhos de eficiência energética. A companhia mantém o compromisso com a descarbonização de processos e produtos, com um plano de ação robusto em relação à resiliência e eficiência em carbono.

Nesse sentido, estipula-se dez compromissos com a agenda de baixo carbono e sustentabilidade:

1.  Crescimento zero das emissões absolutas operacionais até 2025*;
2.  Zero queima de rotina em flare até 2030;
3.  Reinjeção de ~40 MM ton CO2 até 2025 em projetos de CCUS;
4.  Redução de 32% na intensidade de carbono no segmento de E&P até 2025;
5.  Redução de 30%-50% na intensidade de emissões do metano no segmento de E&P até 2025;
6.  Redução de 16% na intensidade de carbono no refino até 2025;
7.  Redução de 30% na captação de água doce em nossas operações com foco no aumento do reuso até 2025;
8.  Crescimento zero na geração de resíduos de processo até 2025;
9.  100% das instalações Petrobras com plano de ação em biodiversidade até 2025;
10. Manutenção dos investimentos em projetos socioambientais.

* Compromissos em carbono em relação à base 2015. Demais compromissos com base em 2018

Com a execução deste Plano Estratégico, a Petrobras reafirma seu compromisso de se tornar uma companhia mais robusta financeiramente, com baixo endividamento e custo de capital, alinhada aos seus pares da indústria e focada em ativos de óleo e gás de classe mundial, atuando sempre de forma ética e transparente, com segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente.


Fonte: Agência Petrobras
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