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Publicado: 16/11/2019 00:00h

5 Firsts: cinco marcos pioneiros na indústria de óleo e gás

5 Firsts: cinco marcos pioneiros na indústria de óleo e gás

Inovações que serão um legado para a indústria mundial de petróleo e gás. Assim podem ser definidas as tecnologias desenvolvidas pela Petrobras para o Teste de Longa Duração (TLD) de Libra e que receberam o prêmio Distinguished Achievement Award durante a edição brasileira da Offshore Technology Conference (OTC), em outubro de 2019. Essas soluções pioneiras permitiram não só redução dos custos operacionais, como também aumentaram a produtividade e eficiência na produção da jazida, com potencial de serem aplicadas em projetos futuros da companhia. 
 
O Teste de Longa Duração teve o objetivo de avaliar o comportamento do reservatório de petróleo, ampliando o conhecimento das características da jazida. Cláudio Valença, engenheiro de equipamentos do projeto de Libra explica: "O uso de tecnologias inovadoras e a estratégia de redução de riscos utilizando o TLD se mostrou eficiente e aumentou a confiabilidade. Além disso, permitirá implantar os projetos definitivos do campo em menos tempo. Após a aquisição de dados dinâmicos de longa duração foi possível não só aumentar a produção de óleo, mas elaborar a melhor definição, entre diversas alternativas possíveis, do plano de desenvolvimento desta área tão grande e geologicamente tão complexa."

Ritmo acelerado e recorde de produção

Se a Bacia de Campos foi o ponto de partida da jornada tecnológica da Petrobras em águas profundas, o pré-sal da Bacia de Santos empurrou a companhia a desenvolver uma nova fronteira de petróleo e gás, sem paralelo na indústria — a cerca de 300 km da costa, sob altas pressões e em condições únicas de reservatório. O bloco de Libra, também localizado no pré-sal, representa um passo à frente por apresentar desafios inéditos que passam pela elevada presença de gás carbônico associado à lâmina d’água ultraprofunda que chega a mais de 2 mil metros.
 
Além das propriedades comuns ao pré-sal, como colunas de óleo com grandes espessuras e rochas com excelente porosidade, os reservatórios de Libra apresentam petróleo com características muito diferenciadas: maior quantidade de gás associado e maior presença de gás carbônico, que chega a 44% do gás associado contido no reservatório. As altas pressões encontradas no campo também transformaram a área em um enorme desafio, o que exigiu o desenvolvimento de soluções inéditas especialmente adaptadas a esse ambiente.

Nessas condições extremamente adversas, a Petrobras alcançou marcos que foram reconhecidos como pioneiros para a indústria de óleo e gás. São os “5 Firsts”, descritos a seguir:



1: Solução ambiental

Realizou-se o primeiro Teste de Longa Duração (TLD) offshore que reaproveitou o gás carbônico produzido para aumentar a produtividade do reservatório. Essa inovação é considerada ambientalmente correta, pois impede a queima contínua de gás, evitando a emissão de CO2 na atmosfera.

A função do TLD é avaliar a produtividade do poço e o comportamento do reservatório, que é formado abaixo de quilômetros de sal e marcado por falhas e intrusões vulcânicas. Ao coletar dados do reservatório, esse método contribuiu para fortalecer a estratégia de gerenciamento de riscos para desvendar as incertezas e também acelerar a produção do bloco de Libra.

2: Um único poço bate recorde de produção

Em setembro de 2018, apenas um poço de Libra chegou a produzir em média 60 mil barris de óleo equivalente (boed), um recorde mundial. Este resultado expressivo confirmou, em condições desafiadoras, não só a alta produtividade da área, como também a excelência do reservatório.

3: Duas polegadas a mais é muita coisa

Pela primeira vez, foram usados dutos com 8 polegadas (cerca de 20 cm) em águas ultraprofundas, que suportam maior pressão e vazão de petróleo. As duas polegadas a mais dos dutos refletiram em um aumento da produção da ordem de 15 mil boed. A prática até então vigente era utilizar dutos de até 6 polegadas.

4: Método inédito

Outro marco foi o primeiro pré-lançamento de linhas flexíveis (dutos) com flutuadores em águas ultraprofundas. Para se ter ideia da grandiosidade desse método, cada curva das linhas tem uma altura de 600m, ou o equivalente a quase dois Empire State Building subaquáticos.

Esse método permitiu a instalação da estrutura de equipamentos submarinos, antes mesmo da chegada do navio-plataforma Pioneiro de Libra, que operou o TLD em 2018. Resultado: a produção do poço foi antecipada em 43 dias em comparação com os prazos convencionais e a prática será replicada para acelerar o início da produção dos próximos projetos de Libra.

5: Um turret com o maior suporte

Em Libra, foi desenvolvido o turret (ou torre) com a maior capacidade de carga vertical num turret externo em águas ultraprofundas da indústria. O equipamento pode sustentar 700 toneladas das linhas submarinas, o equivalente ao peso de quatro Boeings 747.

O turret consiste no equipamento de ancoragem utilizado em embarcações do tipo FPSO. Por ele passam as diversas tubulações que conectam os poços à plataforma. Ao concentrá-las num único ponto de entrada, o FPSO pode girar no próprio eixo para manter o alinhamento ao vento e à correnteza, sem, por exemplo, emaranhar os cabos e tubulações a ela conectados.

Saiba mais sobre essas tecnologias no vídeo abaixo:



Localizado na área do pré-sal da Bacia de Santos, o bloco de Libra é uma das grandes apostas da Petrobras para o futuro. Descoberto em 2010, possui reservatórios com colunas de óleo que chegam a 400 metros de espessura, o equivalente à altura do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. Um desafio que vem sendo enfrentado pelo consórcio liderado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell, Total, CNOOC e CNPC, além da companhia estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), que atua como gestora do contrato. O consórcio assinou em 2013 o primeiro contrato de partilha de produção do Brasil. 


Fonte: Agência Petrobras
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