A fusão entre Fibria e Suzano Papel e Celulose, anunciada no fim da noite de quinta-feira pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é acionista de ambas, dá origem a um gigante mundial na área de celulose. A participação da companhia resultante no mercado global varia conforme o tipo de celulose considerado e pode chegar a 49%.
No mercado global de celulose de eucalipto, que é o tipo de matéria-prima produzida pelas duas empresas, a participação da companhia resultante chega a 49%, de um total de 24 milhões de toneladas anuais, segundo dados do PPPC (do inglês Pulp and Paper Products Council).
Juntas, têm capacidade de 11,8 milhão de toneladas por ano – 8,15 milhões de toneladas da Fibria e 3,64 milhões de toneladas de celulose que é vendida a terceiros pela Suzano. Esse volume considera também as 900 mil toneladas por ano de fibra de eucalipto que são produzidas pela Klabin e comercializadas pela Fibria e não leva em conta a produção de matéria-prima da Suzano que é usada na fabricação de papel (pouco mais de 1 milhão de toneladas).
Sem a celulose da Klabin na conta, a “nova” companhia tem 45,9% do mercado mundial de fibra de eucalipto.
Aumentando o leque, para incluir toda a celulose de fibra curta consumida no mundo, ou cerca de 34 milhões de toneladas por ano, a “nova” empresa tem participação de até 34% no mercado global. E, considerando-se todo toda a celulose que é produzida no mundo para ser vendida no mercado, a fatia gira em torno de 16% - esse percentual pode variar conforme a entidade que mensura o consumo global.
Com base em dados do PPPC de dezembro de 2016, 84 milhões de toneladas de celulose estavam integradas à produção de papel e outras 62 milhões de toneladas eram vendidas pelos produtores no mercado mundial.